RIO ? A história do handebol feminino no Brasil mudou após o dia 22 de dezembro de 2013, quando a seleção conquistou de forma invicta o título mundial diante da Sérvia, em plena Belgrado. Desde então, e com a proximidade dos Jogos em casa, a modalidade passou a sonhar com um passo ainda maior: a inédita medalha olímpica. Sonho que pode começar a se materializar hoje, na estreia pela Grupo A do Rio-2016, às 9h30m, na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
Muito além do resultado, em confronto com cara de final, o nível de atuação das meninas provavelmente dará o tom do que está por vir na competição. Afinal, a adversária serão as norueguesas. Simplesmente, atuais bicampeãs olímpicas, mundiais (em 2015) e europeias. Quer mais? A Noruega, no caminho para o lugar mais alto do pódio em Londres-2012, eliminou o Brasil nas quartas de final, em partida dramática, com as brasileiras abrindo vantagem por seis gols, mas perdendo no fim por 21 a 19. A sexta colocação em solo inglês é a melhor da história da seleção feminina de handebol em seu retrospecto olímpico.
? Em Londres, faltava-nos mais experiência para saber o que fazer para levar o jogo cadenciado até o final. Acredito que já temos tudo de que precisamos para jogar uma Olimpíada em casa. Agora precisamos colocar em prática na quadra ? avalia a ponta Alexandra Nascimento, em sua terceira participação olímpica ? Mas, para mim, não existe uma equipe melhor para pegarmos na estreia ? completa a jogadora, pronta para a revanche e certa de que, em casa, sonhar não é proibido.