Paris – O craque argentino Lionel Messi, que aos 32 anos acaba de conquistar a Bola de Ouro pela sexta vez, isolando-se como maior vencedor do prêmio, afirmou em uma entrevista para a revista francesa “France Football” – que entrega o tradicional prêmio – que atravessa um grande momento profissional e pessoal.
“Estou no auge da minha carreira e da minha vida com meus três filhos”, garantiu o astro do Barcelona. “Quero compartilhar isso com eles e aproveitar a companhia deles”.
Em uma longa entrevista dada à revista por ocasião de sua sexta Bola de Ouro, Messi explicou que “ganhar o prêmio dez anos depois do primeiro coloca em perspectiva a longevidade de minha carreira e seu caráter incrível. É difícil ser competitivo durante uma década”.
O atacante ganhou consecutivamente quatro destes troféus, de 2009 a 2012, mas não levantava um desde 2015, período em que viu o português Cristiano Ronaldo vencer duas vezes e o igualar com cinco conquistas.
“Eu entendo por que não vencia (nos anos anteriores)”, disse Messi. “Como equipe não alcançamos nosso grande objetivo que era conquistar a Champions League e ganhar essa competição nos dá mais chance de vencer a Bola de Ouro. Quando Cristiano estava ganhando todos os troféus, era porque ele estava realizando grandes temporadas, vencendo a Champions League e se mostrando decisivo”, avaliou o argentino. “Eu gostava de ter cinco e ser o único que conseguiu isso. Quando Cristiano chegou ao mesmo número que eu (em 2017), admito que doeu um pouco, porque eu não estava mais sozinho no topo. Mas, naquele momento, ele merecia a Bola de Ouro e eu não podia fazer muita coisa”.
Melhor de sempre?
Apesar de todos os seus êxitos, o argentino da cidade de Rosario evitou responder se ele se sente no mesmo nível de lendas como Pelé, Maradona e Johan Cruyff: “Nunca tive como objetivo estar ao lado deles. Meu objetivo é fazer minha própria carreira. Quando eu parar, acho que vou deixar uma marca na história do futebol. Isso vai me deixar um sentimento de tranquilidade, de dever cumprido”. Embora tenha uma vasta galeria de títulos, ainda faltam conquistas com a seleção argentina. Mas Messi se mostra tranquilo: “eu não mudaria nada do que vivi ao longo de minha carreira. Ganhei tudo com o Barça. É claro que eu gostaria de ganhar algo com a Argentina. Era e é um sonho”. No momento o jogador não pensa na aposentadoria e garante que estará nos gramados “enquanto puder jogar, até que sinta que não posso mais”, concluiu.