RIO – Desde que foi aberta oficialmente, no domingo, o que se vê diariamente na Vila Olímpica, na Barra, é um entra e sai de atletas das mais diversas delegações. E, no time holandês, um brasileiro tem trabalhado como uma espécie de faz-tudo, o guia turístico Alexandre Bastos.
? Estou com eles desde o início (do ciclo olímpico), desde 2013. Eles têm vindo aqui, eu tenho dado assistência. Sou guia de turismo, trabalho fora do Brasil e atendendo estrangeiros aqui também ? conta Alexandre, logo após chegar com vassouras e materiais de limpeza à Vila Olímpica.
Vila26-07Para o guia e faz-tudo, os problemas de infraestrutura apontados por atletas de várias delegações não vão atrapalhar a imagem da Rio-2016:
? Apesar de tudo o que foi falado, não acho a situação tão ruim não. Os prédios são muito novos e estão sujeitos a situações como essas. Tentei ajudar o máximo possível, porque entendo um pouco de encanamento e eletricidade. Há pedras no caminho que têm que ser removidas e os participantes, de um modo geral, quando reclamam, é porque, antes de chegarem aqui, eles não tinham ouvido falar nos problemas ? destaca o carioca.
Segundo Alexandre, imprevistos já aconteceram em outras edições.
? Lembro de um atleta brasileiro que reclamou que, em Pequim, não havia tampo nos vasos sanitários, tinha coisa que não funcionava direito, faltava isso e aquilo. O negócio é tocar pra frente, até porque o objetivo que está por vir é muito maior do que qualquer obstáculo. É como eles dizem: ?show must go on? ? salienta.
Problemas iniciais à parte, Alexandre dá a receita para os visitantes curtirem a primeira Olimpíada na América do Sul:
? De uma maneira geral, eles (os atletas) têm que aproveitar essa natureza ímpar, este povo tão simpático, os voluntários sempre têm um sorriso, o bacana é isso ? elogia.