BRASÍLIA – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu um corte no número de zonas eleitorais em todas as capitais brasileiras. A expectativa é de que a medida provoque uma economia de R$ 13 milhões. Os cortes atingirão 72 zonas, o equivalente a 20% do total existente até então nas capitais. A medida deve ser estendida até o próximo mês para os demais municípios. A mudança não afeta o local de votação dos eleitores. Apenas os que precisam regularizar o título ou novos eleitores que vão se cadastrar, por exemplo, sentirão os efeitos da medida.
O secretário-geral do Tribunal, Luciano Fuck, explica que a economia virá pela redução do número de juízes, promotores, servidores e funções comissionadas. O padrão adotado é para que cada zona passe a administrar cerca de 100 mil eleitores.
? Tem áreas onde tem muito pouco trabalho e áreas onde tem muito. É preciso fazer algo mais homogêneo. Isso não se confunde com local de votação e número de urnas, nisso não há mudança nenhuma ? explicou.
Uma resolução do TSE já tinha sido editada em 2015 com os critérios que serão adotados, mas cabia aos Tribunais Regionais implementar a mudança, o que acabou não ocorrendo. Por isso, nessa semana a Corte repassou a competência de implementar as mudanças para a presidência do TSE.
O Rio será a cidade mais afetada pela medida. Atualmente são 97 zonas eleitorais. Quase a metade serão cortadas, restando 49. A segunda capital em número de cortes é Porto Velho (RO), que perderá quatro de suas sete zonas eleitorais. São Luís (MA), por sua vez, perderá metade de suas seis zonas eleitorais. As mudanças afetarão ainda outras 13 capitais.