RIO – A defesa da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo apresentou, nesta segunda-feira, à 7ª Vara Federal Criminal do Rio um laudo que diz que as linhas telefônicas do apartamento, no Leblon, em que ela cumprirá prisão domiciliar, foram cortadas. O documento, assinado por um engenheiro eletrônico, informa que aparelhos de comunicação foram recolhidos. Adriana teve a prisão preventiva convertida em domiciliar pelo juiz Marcelo Bretas. Ela estava presa desde dezembro do ano passado.
De acordo com a decisão do magistrado, a ex-primeira-dama deverá ficar em um imóvel sem linha telefônica e sem acesso à internet. Por isso, foi contratada uma empresa para fazer o laudo. Ainda não há prazo para a saída dela do Complexo Penitenciário de Gericinó. Segundo Bretas, a mudança só vai acontecer após o imóvel passar a atender os requisitos determinados, o que tem que ser constatado por uma vistoria da Polícia Federal. O órgão informou que ainda não foi notificado para fazer a revista no apartamento. Adriana Ancelmo
Não serão permitidas visitas, só de parentes e advogados que estejam na procuração. Os visitantes não poderão subir com celulares e computadores, que terão de ser deixados na portaria. A PF está autorizada também a fazer vistorias no local, sem prévio aviso. Em caso de descumprimento, Adriana volta a ser presa.
A PF informa que cumprirá todas as medidas determinadas na ordem judicial, da qual ainda não foi notificada, mas que não detalhará os procedimentos a serem adotados.
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão de Bretas de mandar Adriana para a prisão domiciliar. A decisão sobre a liminar será do desembargador Abel Gomes, do Tribunal Federal Regional da 2ª Região (TRF-2).