Para celebrar o sucesso do programa de monitoramento da onça-pintada no Parque Nacional do Iguaçu, o ICMBio (Insituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) lançou o vídeo “90 Razões Para Continuar Conservando a Natureza”. O material foi produzido pela Vision Art Produções e contou coma roteiro e direção do analista ambiental do órgão, Rafael Machado, e codireção do jornalista Carlos Gruber. Clique aqui e confira o documentário.
As “90 razões” do título são referentes à probabilidade científica de existir cerca de 90 “indivíduos” nos Parques Nacionais do Iguaçu (Brasil) Iguazú (Argentina) e outras áreas de proteção ambiental da região.
O Parque Nacional do Iguaçu é conhecido mundialmente por abrigar as Cataratas do Iguaçu e alcançou expressivos resultados na recuperação da biodiversidade local com o aumento das populações de onças-pintadas decorrente de projetos para repovoamento da espécie. O número de indivíduos registrados no Parque em 2016 é quase 70% maior que o de 2010.
"A ideia surgiu partir da demanda do Parque Nacional do Iguaçu em divulgar o censo 2016 do Projeto Carnívoros do Iguaçu. Queríamos, não apenas divulgar os dados de monitoramento, mas sim, divulgar que os atuais e positivos números são reflexos de um conjunto de atividades do Parque Nacional do Iguaçu em prol da conservação de toda a biodiversidade", disse o analista.
O repovoamento da onça-pintada é o resultado dos avanços do projeto Carnívoros do Iguaçu. A medida surgiu nos anos 1990 por iniciativa do pesquisador e analista aposentado do ICMBio Peter Crawshaw Jr., que constatou o declínio da população local de onças-pintadas.
O projeto foi retomado em 2009 a partir de uma parceria inédita entre instituições públicas e privadas envolvendo a exploração turística do Parque. Do repasse de recursos até sua aplicação nas atividades, o processo exigiu o envolvimento de outras instituições governamentais e organizações civis, esta última, encarregadas da administração financeira. Em 2010 foi firmado um acordo de cooperação internacional com pesquisadores argentinos e desde então, a equipe vem utilizando diferentes estratégias de investigação com o objetivo de traçar um panorama conjunto da situação da espécie no contínuo de Floresta Atlântica compartilhado por ambos os países.