Uma pesquisa publicada este ano pela empresa de dados do consumidor MRI-Simmons estimou que 3,7 milhões de adultos nos EUA consomem algum produto derivado do canabidiol. Eles possuem idade média de 45 anos.
Outro dado impressionante é que 64 milhões de americanos relatam ter experimentado o CBD nos últimos dois anos, de acordo com uma pesquisa da Consumer Reports com mais de 4.000 pessoas, realizada no ano passado. Sites como o WeedNews.co trazem essas e outras informações sobre o canabidiol.
Tais dados mostram que o canabidiol está cada vez mais inserido na rotina do norte-americano. Os remédios utilizando a substância estão ganhando espaço nas receitas médicas e nas farmácias, que estão procurando se adaptar a essa nova demanda.
Mais de um terço dos entrevistados da pesquisa disseram que usavam o CBD para reduzir o estresse ou a ansiedade ou promover o relaxamento; 63% dessas pessoas disseram que o composto era “extremamente ou muito eficaz” ao fazê-lo, enquanto 16% disseram que não era de todo ou apenas levemente eficaz.
Quase um em cada quatro entrevistados disse que usava o CBD para ajudar na dor nas articulações, com 38% chamando de “extremamente ou muito eficaz” e 27% dizendo que era um pouco ou nada eficaz.
Os canabinóides são compostos químicos encontrados no cânhamo. Existem 85 canabinóides na planta de cannabis (trata-se aqui da Cannabis sativa),que jamais foram encontrados em qualquer outra planta. Assim como todos canabinóides, o canabidiol é encontrado na planta em forma de ácido, mas ao contrário do conhecido canabinóide THC (Tetrahidrocanabinol), o canabidiol não causa efeitos psicoativos ou alucinantes.
O Canabidiol é o principal ingrediente não psicoativo da planta de cannabis,motivo pelo qual a planta tem sido atualmente muito pesquisada, já tendo seu potencial terapêutico comprovado por muitos estudos e confirmando as expectativas de muitos cientistas.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem adotado práticas para o uso da substância. A agência publicou, recentemente, uma norma que simplifica a importação de medicamentos à base de CBD em associação com outros canabinóides. A regra vale apenas para os pedidos para uso próprio, realizados pelos doentes ou procuradores do mesmo para o tratamento de saúde.
Nos Estados Unidos, entretanto, apesar do crescimento na utilização do CBD, algumas agências reguladoras já se preocupam com os riscos que o produto pode trazer à saúde.
A Food and Drug Administration, que regula o setor, diagnosticou que o CBD pode, por exemplo, danificar o fígado..
A FDA enviou cartas avisando 15 empresas por vender ilegalmente produtos contendo CBD. A agência federal também atualizou sua posição para esclarecer que a substância cada vez mais infundida em pílulas, loções, produtos alimentícios e bebidas de bem-estar “tem o potencial de prejudicá-lo, e o dano pode acontecer mesmo antes que você se conscientize”.
“Continuamos preocupados que algumas pessoas pensem que a infinidade de produtos CBD no mercado, muitos dos quais são ilegais, foram avaliados pelo FDA e determinados como seguros, ou que experimentar o CBD ‘não pode prejudicar'”, Amy Abernethy, principal vice-comissário da FDA, em comunicado.
Ou seja, ainda que esteja em alta e, aparentemente, apresente soluções para dores crônicas e outros males, é importante estar atento para o produto adquirido.
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