Cascavel – A Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) do Paraná confirmou ontem (4) a segunda morte por dengue no estado e colocou as autoridades de saúde em alerta, já que no último ano epidemiológico, os paranaenses enfrentaram uma grande epidemia da doença. O segundo óbito foi registrado em Foz do Iguaçu no dia 5 de setembro, um idoso de 85 anos, com comorbidades. Também foram confirmados mais 119 casos da doença.
Com isso, o Paraná já tem um total de 10.247 notificações, mais de mil casos e duas mortes desde o início do novo período epidemiológico, que começou no dia 31 de julho que segue até agosto do ano de 2023. No período epidemiológico anterior, encerrado no dia 30 de julho, foram 132.328 casos da doença, sendo 120.073 casos autóctones, ou seja, quando a dengue é contraída nos próprios municípios de residência e 88 óbitos.
A Sesa mantém ações permanentes para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e da febre amarela urbana, fazendo monitoramento ininterrupto dos dados epidemiológicos das doenças e reforça, junto aos municípios, a importância da revisão e atualização de seus planos de ação e de contingência, com o objetivo de mobilizar os gestores, de forma intersetorial e integrada, para o enfrentamento da dengue e demais arboviroses.
Cerca de 90% dos criadouros estão nos quintais e ambientes internos das residências, além de depósitos como garrafas, caixa d´água e ralos destampados, bebedouros para animais, vasos de plantas, coletores de água da geladeira e do ar-condicionado destacam-se como os principais locais que podem acumular água e servir de criadouros para o mosquito.
Toledo em alerta
A primavera começou há menos de 20 dias e Toledo já está preocupa com os casos da doença que começaram aparecer. Se em outros anos, nesta mesma época, o município não registrava nenhum caso da doença, agora já são quatro pessoas que foram infectadas. Para conter esta situação, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Controle e Combate às Endemias, está realizando uma força-tarefa que focará nas casas fechadas, aquelas em que os moradores nunca estão ou que se recusam a receber as vistorias periódicas, o maior obstáculo para o trabalho dos agentes de combate a endemias.
A prevenção é sempre o melhor caminho, por isso, cada morador precisa, uma vez por semana, fazer um “pente fino” no quintal e retirar a água acumulada em vasos, pneus, garrafas, calhas, plantas, entre outros lugares.
Em caso de sintomas característicos da doença como febre, dores no corpo e cansaço, é indica que a pessoa procure os serviços de saúde e siga as recomendações da equipe, evitando que se agrave o quadro clínico. Idosos com comorbidades são considerados vulneráveis, suscetíveis ao agravamento da doença, já que a dengue mata.
Em Cascavel, a Secretaria Municipal de Saúde divulga o boletim municipal nesta quarta-feira (5).
Foto: AEN
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Dia dos Agentes da saúde
Nesta terça-feira (4), Dia do Agente Comunitário de Saúde e Combate a Endemias, o Ministério da Saúde lembrou que são esses profissionais que atuam no dia a dia realizando fiscalização, aplicando larvicidas e conferindo caixas d’água. Os agentes estão na ponta da atenção básica, vendo de perto os problemas que afetam a comunidade.
“Esses profissionais de saúde e endemias são os olhos e ouvidos do Sistema Único de Saúde (SUS) na casa dos brasileiros. Enfrentamos a maior emergência sanitária já vista no mundo e eles tiveram um papel fundamental na luta contra a pandemia”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Em junho, duas portarias do Ministério da Saúde autorizaram o aumento da remuneração dos agentes comunitários em Saúde e de combate a endemias. Ao todo, mais de 280 mil profissionais em todo Brasil foram beneficiados. Além disso, foi investido na formação desses profissionais por meio do programa Saúde com Agente para qualificar o trabalho prestado por eles para o SUS.