Curitiba – A Secretaria de Estado da Saúde informou nessa sexta-feira (30) que pretende desativar, até terça-feira (3), 681 leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com covid-19, o que equivale a 24% da estrutura que o Paraná tinha no fim de agosto.
A desativação gradual dos leitos teve início dia 1º de setembro e vem ocorrendo de acordo com a redução na taxa de ocupação e queda no número de casos confirmados em algumas cidades. No dia 30 de agosto, o Estado tinha 2.780 leitos covid, somando UTI e enfermarias adulto e infantil. Serão desativados 187 leitos de UTI adulto, 21 de UTI pediátrica, 438 de enfermaria adulto e 35 de enfermaria pediátrica.
O custo mensal desses leitos é de R$ 14,2 milhões. O objetivo é economizar diárias que não estavam sendo utilizadas e permitir redirecionamento de alguns desses leitos para atendimento geral a emergências e atendimento eletivo.
“Não é possível manter o custeio indefinidamente desses leitos, cuja necessidade já não se mostra evidente, como era no início da pandemia”, explicou o diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak. “Sendo assim, com a mudança deste cenário, elaboramos um plano de desativação desses leitos, com critérios de baixa ocupação e menor índice de transmissão, porém, garantindo um quantitativo suficiente para atendimento seguro à população”.
Filipak diz que, dependendo do cenário epidemiológico da doença, esses leitos podem ser reabertos.
R$ 75 milhões
De acordo com a Secretaria da Saúde, desde 26 de março, quando houve a implantação de leitos exclusivos para atendimento a pacientes suspeitos e/ou confirmados com covid-19, o Paraná já pagou mais de R$ 75,6 milhões para os hospitais que fazem parte do plano de atendimento exclusivo ao novo coronavírus.
Atualmente, o Paraná soma 2.415 leitos exclusivos, sendo 1.042 UTI Adulto, 1.271 enfermaria adulto, 44 UTI pediátrica e 58 enfermaria pediátrica. Ao todo, 24.154 pacientes já foram internados nesses leitos.
“Praticamente dobramos a rede hospitalar com a criação de novos leitos. Já pagamos R$ 75 milhões e a estimativa é de que até o fim deste ano repassemos pelo menos mais R$ 134 milhões devido ao tempo necessário para processamento e auditoria dos atendimentos”, disse o secretário Beto Preto.