Saúde

Dengue e coronavírus: Ala de Queimados será “hospital de campanha”

A expectativa é de que o hospital atenda até 300 consultas por dia. Hoje, a média diária de notificações de dengue em Cascavel é de 100, segundo a Secretaria de Saúde.

Dengue e coronavírus: Ala de Queimados será “hospital de campanha”

Cascavel – Após o anúncio de fazer em Cascavel um “hospital de campanha” para atender os casos de dengue e os possíveis pacientes com o novo coronavírus, ontem (11) a Secretaria Municipal de Saúde afinou detalhes para utilizar a Ala de Queimados, no HU (Hospital Universitário), que está fechada, sem utilização.

O secretário Thiago Stefanello se reuniu com representantes da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde), da 10ª Regional, da Unioeste, do HU, e do Consamu (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) para definir a contratação temporária de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares para o atendimento aos pacientes.

“Em virtude da alta demanda de procura por atendimento, e pacientes já diagnosticados que precisam de atendimento diferenciado, uma vez que precisam de hidratação e observação em média de seis horas, o Município identificou que o melhor local para abrigar o possível ‘hospital de campanha’ provisório, de 60 a 90 dias, é a Ala de Queimados do HU, pois está construída e ociosa no momento, sem desviar da sua devida finalidade posteriormente”, explicou Stefanello.

A expectativa é de que o hospital atenda até 300 consultas por dia. Hoje, a média diária de notificações de dengue em Cascavel é de 100, segundo a Secretaria de Saúde.

Custos

Segundo ele, o Município propõe agora uma articulação com governo do Estado, HU e Consamu para custear a mão de obra. A prefeitura já possui os mobiliários necessários e os insumos para equipar a estrutura provisória.

“A questão principal agora são os custos dos medicamentos, dos soros fisiológicos, de exames que serão feitos e dos profissionais para trabalharem. Essa análise mais detalhada será feita ainda nesta semana para colocar na ponta do lápis o custo, que deve chegar a R$ 1 milhão por mês”, complementou Thiago.

A proposta é de quatro médicos das 7h às 19h para as consultas, e dois das 19h às 7h para acompanhar os pacientes em observação.

Após vencidas essas etapas, o “hospital de campanha” deve estar em funcionamento em até 20 dias. “A estrutura será essencial para conter a epidemia de dengue e também nos preparar para a prevenção contra as síndromes respiratórias que vêm com o inverno, e com o surto de coronavírus que não para de crescer em todo o Brasil”, finalizou o secretário.