Buenos Aires – A agência reguladora de medicamentos da Argentina, Anmat, aprovou o uso emergencial da vacina contra covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. “O referido produto apresenta uma relação risco-benefício aceitável, permitindo subsidiar a concessão do registro e a autorização condicional do produto para a indicação solicitada”, informou a Anmat (Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica) em comunicado.
O acordo entre Pfizer e o governo argentino para a compra de vacinas ainda não foi fechado devido a desentendimentos jurídicos sobre eventual negligência no suprimento do imunizante, prevista em uma lei aprovada pelo Congresso argentino no fim de outubro. Um dos artigos desta lei estabelece que a Pfizer não será responsável por suas doses na Argentina “com exceção daquelas [ações] originadas em manobras fraudulentas, conduta maliciosa ou negligência”.
O presidente Alberto Fernández exemplificou a preocupação do governo argentino: “Se a Pfizer me dá soro em vez da vacina covid-19, eles são responsáveis e negligentes. Por outro lado, se me derem a vacina impecável e eu a apliquei vencida, a responsabilidade é minha. Há negligência da nossa parte, há negligência por parte do Estado Nacional”, explicou à imprensa quando questionado sobre as diferenças com a Pfizer.
As partes ainda negociam 1,5 milhão de doses da vacina que possam ser entregues ao país entre janeiro e março.