Curitiba – Cerca de 1,5 milhão brasileiros que receberam a primeira dose das vacinas Coronavac e AstraZeneca não apareceram para receber a segunda dose dentro do prazo recomendado. Do total (1.514.627 brasileiros), 71.857 são moradores do Paraná: 71.855 não apareceram para a segunda aplicação da Coronavac/Butantan e duas outras pessoas não foram aos pontos de vacinação para receber a segunda dose da Astrazeneca/Fiocruz.
Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde nessa terça-feira (13).
A segunda aplicação é a que garante a completa eficácia dos dois imunizantes. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato, a orientação agora é para que, mesmo aquelas pessoas que perderam o prazo estabelecido no cartão de vacinação para o reforço da vacina, devem procurar um ponto de vacinação para a segunda dose.
“Destaco aqui que, mesmo que vença o prazo, a recomendação é que elas completem o esquema. Então, quem atrasou e não conseguiu ir com 28 dias de intervalo da Coronavac, ou aquelas que não conseguiram ir com 84 dias da vacina AstraZeneca, devem comparecer para completar o esquema”, enfatizou a coordenadora.
O Ministério da Saúde informou que irá orientar governos estaduais e municipais para entrar em contato com os atrasados e garantir a eficácia completa do imunizante.
Testes encalhados
Secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz informou que a Saúde deve distribuir os exames do tipo RT-PCR que vencem em breve, como mandou o TCU (Tribunal de Contas da União). O estoque foi revelado pelo Estadão, em novembro, quando havia cerca de 6,8 milhões de unidades encalhadas. Os testes venceriam no mês seguinte, mas tiveram a validade renovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por mais 4 meses. Agora, há cerca de 2,65 milhões de testes em estoque, sendo que quase 90% (2,34 milhões) vence de 12 a 31 de maio.
Segundo Cruz, há ainda possibilidade de a fabricante do produto fazer uma doação de testes. Ele não informou o número que poderia ser entregue. O secretário também citou a possibilidade de compra de testes rápidos de antígeno, um pleito desde outubro, pelo menos, de secretários de Estados e municípios. O exame é mais ágil e tem boa capacidade para encontrar o vírus ativo no organismo.
Com recorde de casos ativos, Paraná tem mais 369 óbitos
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nessa terça-feira (13) mais 6.574 casos e 369 óbitos em decorrência de complicações da covid-19. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná soma 885.201 infectados desde o início da pandemia, dos quais 19.410 não sobreviveram.
Os casos confirmados divulgados ontem são de abril (5.299), março (935), fevereiro (95) e janeiro (79) de 2021 e dos seguintes meses de 2020: abril (1), maio (3), junho (5), julho (5), agosto (7), setembro (5), outubro (7), novembro (40), dezembro (93).
Com as confirmações, o Estado voltou a registrar recorde de casos ativos: 237.406 pessoas com capacidade de transmitir o vírus.
Em contrapartida, pelo terceiro dia seguido houve queda no total de pacientes em UTI. Com 4.941 internados em alas exclusivas, 2.184 estavam em UTIs.
A taxa de ocupação caiu para 94%, com 106 leitos vagos. O alívio começa a ser percebido em todas as macrorregionais, com as taxas baixando para 95% e 93%
Óbitos
A secretaria informa a morte de mais 369 pacientes. São 170 mulheres e 199 homens com idades que variam de 27 a 93 anos. Os óbitos ocorreram de 7 de agosto de 2020 a 13 de abril de 2021.
Apesar do número elevado de mortes informado ontem, a média móvel de sete dias chegou a 89, índice 49,9% menor que o registrado há 14 dias.