Região Oeste segue com campanha do ‘Voto Útil’ por maior força política

Toledo – A região Oeste do Paraná tem mais de 1 milhão de eleitores aptos a irem às urnas em outubro. O número é maior que o eleitorado de outras regiões, contudo, o mesmo não pode se dizer da representatividade política da região na Assembleia Legislativa do Paraná e na Câmara Federal.

A explicação para isso é que o percentual de votos dos eleitores da região Oeste destinados a candidatos a deputado com domicílio em outras regiões acaba causando o enfraquecimento da representatividade da própria região.

E com objetivo reverter essa situação, campanhas estruturadas por entidades classistas do Oeste, buscam mobilizar os eleitores para o voto útil, contra os candidatos “paraquedistas” que só aparecem na região no período eleitoral.

Além das entidades de classe, a bandeira também é defendida pelo setor produtivo do Oeste, que participa institucionalmente do processo eleitoral desenvolvendo iniciativas e buscando fomentar a representatividade nativa.

Para o Presidente do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Rainer Zielasko, atualmente, por conta da deficiência de representatividade política da região, o setor produtivo precisou ser o protagonista de algumas lutas da região. “O processo representativo é uma construção e não podemos deixar de fomentar. Temos uma Região muito organizada e acredito que o setor produtivo se tornou muito mais atento e ativo diante da falta de representatividade em alguns períodos. O Programa Oeste em Desenvolvimento é uma das iniciativas que, sem bandeira partidária, busca soluções para o nosso território. Isso não quer dizer que não precisamos representantes políticos, muito pelo contrário.”

Segundo Zielasko, as entidades regionais estão empenhadas em sensibilizar a população sobre o voto consciente no próximo pleito. “Estamos sinergicamente buscando que a população entenda que um território organizado como o nosso, precisa de uma força política compatível com a importância e geração de riquezas que temos no Oeste.”

Na avaliação de Rainer, alguns desafios da região poderiam ser resolvidos de maneira mais rápida se a representatividade política da região fosse maior. “O sistema do pedágio diferente é uma realidade na região Oeste, mas isso foi fruto de um amplo trabalho das entidades e do setor produtivo, capitaneados pelo Programa Oeste em Desenvolvimento que não mediu esforços para garantir um sistema diferente e mais justo para o Oeste do Estado. Claro que se tivéssemos uma maior representatividade política o processo poderia ter sido mais rápido, mas o setor produtivo não deixou que fosse feito de maneira prejudicial ao Paraná. Um território organizado está preparado para lidar com muitas das adversidades que podem impedir o crescimento.”

Em Toledo