Política

Coluna Contraponto do dia 24 de abril de 2018

Osmar e Oriovisto conversam

Por duas horas e meia, o candidato Osmar Dias (PDT) ao governo estadual conversou com o empresário Oriovisto Guimarães, dono do Grupo Positivo, na tarde dessa segunda-feira (23). Oriovisto é filiado ao Podemos e pretende se lançar candidato a senador pelo partido – mas, para isso, depende que se concretize a aventada aliança PDT/Podemos.

Satisfeitos

Os dois ficaram satisfeitos com o diálogo que tiveram e acreditam que a aliança será possível. Nesse caso, seria possível construir uma chapa majoritária que teria Alvaro Dias como candidato à Presidência da República pelo Podemos, o irmão Osmar disputando o governo estadual pelo PDT e Oriovisto como seu companheiro de chapa concorrendo ao Senado. Osmar Dias aposta nesta possibilidade por entender que terá facilitado o apoio que empresta à candidatura de Alvaro a presidente.

Dilma vetada

A ex-presidente Dilma Rousseff, abraçada pelo senador Roberto Requião, tentou visitar o padrinho Luiz Inácio na cadeia. Foi impedida pela juíza Carolina Lebbos. Em entrevista à imprensa no local, ela disse não entender a atitude.

“Camarilha solta”

Considerou estranho que haja uma “camarilha” solta no País enquanto Lula, que é inocente, está preso. O que está acontecendo, diz ela, é que “a árvore da democracia está sendo destruída por fungos” e as instituições estão atacadas por estes fungos – numa tentativa de manter a continuidade do golpe que se iniciou com o impeachment que ela sofreu. Para Dilma, a prisão de Lula visa somente afastá-lo da disputa pela Presidência da República.

O morto-funcionário

A Gazeta do Povo abriu em manchete que a Assembleia Legislativa do Paraná pagou, durante quatro anos, salário para um morto. Ganhava bem o morto, total de R$ 3,7 mil por mês. E como era um morto bonzinho, o salário dele ia, integralmente, para a conta do ex-deputado estadual Bazílio Zanusso. Nesse caso, além da prova da gestão temerária da Casa do Povo, há uma situação intrigante e outra conclusiva.

A intrigante

Por que o Ministério Público Estadual levou longos 15 anos para encontrar o morto-funcionário da Assembleia, já que data de 2003 o pagamento do último salário? Foi preciso que o próprio “morto” ressuscitasse o caso e pedisse indenização pelo calvário de ter seu nome usado na maracutaia.

A conclusiva

Por tudo o que se vê na Assembleia Legislativa – a obediência cega ao Palácio Iguaçu, os projetos insignificantes, o cabelo do Nelson Justus, o Nelson Justus, o pessoal da Operação Quadro Negro, o camburão como veículo preferido e tanta coisa mais – pagar um morto é muito mais lucro do que sustentar todos os vivos que circulam por lá.

Torcida de Dallagnol

O procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, torce para que o STF aprove a redução do foro privilegiado na sessão de 2 maio, a primeira quarta-feira depois do Dia do Trabalhador. Sinal de que quer mais trabalho, pois a maioria dos atuais réus e/ou investigados “desceria” imediatamente dos tribunais superiores para a primeira instância.

No Face…

Ele deixou clara sua torcida numa postagem no Facebook: “O foro privilegiado, que protege políticos que praticam crimes, pode ser restringido no próximo 2 de maio. A presidente do STF Cármen Lúcia pautou para esse dia, no plenário, a retomada do julgamento da ação que restringe o alcance do foro privilegiado. O julgamento foi interrompido no ano passado, quando oito ministros votaram a favor de restringir o foro – isto é, quando já havia maioria em favor da restrição. No entanto, o ministro Dias Tofolli pediu vistas, o que impediu a conclusão do julgamento e que muitos processos descessem desde logo para a primeira instância.”