Uma das questões mais repetidas pela grande mídia nas últimas semanas foi a primeira a ser feita ao presidente Jair Bolsonaro, ontem, em Davos, no Fórum Econômico Mundial. “Em quanto tempo o senhor vai enviar medidas concretas para recuperar a economia?”
Com uma campanha em redes sociais e baseada no discurso do ódio, a falta de propostas concretas para governar o Brasil continua mesmo depois de o novo governo ter assumido. O que de fato será feito para resolver os problemas do País?
Em seu discurso “sucinto” em Davos, Bolsonaro praticamente repetiu o que seus antecessores disseram nos últimos 35 anos no mesmo fórum. Fará as reformas necessárias, reduzir o peso do Estado, abrir a economia, atrair investidores e combater a corrupção. Agora, como fará tudo isso, ainda é uma grande incógnita.
Quem gosta de apegar aos detalhes vê algumas contradições com esse discurso superficial com o que seus ministros (e ele próprio) vêm dizendo aqui, aos nativos.
Enquanto reforçam um discurso contra o “globalismo” e arrumam confusão com países árabes e a própria China, lá, na Suíça, a conversa é outra:
“o Brasil precisa de vocês”, disse Bolsonaro aos CEOs das maiores corporações mundiais que não querem saber de lulopetismo, comunismo ou outros ismos que convenceram mais da metade dos eleitores brasileiros em outubro.
Daqui uma semana o Congresso retoma as atividades e os discursos precisam virar realidade por meio de medidas práticas e efetivas. É o fim do prazo para afinarem os discursos e colocarem no papel o que de fato será feito para pôr o Brasil de volta nos trilhos e se tornar, de fato, o exemplo mundial prometido por Jair Bolsonaro, ontem, na Suíça.