“Quando falam de seus problemas, as pessoas querem que você aceite sua visão do mundo. E sua visão do mundo justifica seus problemas” (Bert Hellinger).
Ajudar é uma qualidade humana. Quando ajudamos aos outros, fica mais fácil tomar a ajuda que os outros nos oferecem.
Em geral, buscamos ajuda quando temos problemas. Em geral também procuramos por primeiro aquela ajuda que pode nos ser ofertada por um amigo ou uma amiga; outras vezes, pelos pais ou familiares.
O que, geralmente, esperamos daquela pessoa a quem buscamos para nos ajudar? Fundamentalmente, que a pessoa que se dispõe a ajudar mostre em relação a nós uma empatia semelhante à empatia que um pai ou uma mãe mostra para com seus filhos.
Onde está o limite de semelhante ajuda? Está no fato de a pessoa que demanda essa ajuda querer da pessoa que se dispõe a ajudar que ela aceite sua visão das coisas, concorde com a perspectiva dela do problema.
No fundo, desejamos da pessoa a quem pedimos ajuda que ela tome partido, o nosso partido. Estamos em busca de aliados e aliadas.
O máximo que semelhante ajuda pode proporcionar é consolo. Esta forma de ajuda dificilmente traz solução, porque ela começa com um julgamento: quando nos posicionamos a favor de alguém e contra um outro, diferenciamos entre bom e mau, entre certo e errado, entre “com razão” e “sem razão”.
“Boa”, “certa”, “com razão” é sempre a pessoa que busca nosso apoio; “má”, “errada” e “sem razão” é a outra pessoa, aquela contra quem ela dirige as suas queixas. A boa ajuda é aquela que olha para a solução em vez de ficar no problema. Para isso, ele precisa ser capaz de olhar a questão desde a perspectiva da pessoa contra quem a queixa é feita.
Nós só conseguimos ajudar a quem solicita nossa ajuda quando conduzimos essa pessoa a olhar o problema da perspectiva do outro, da perspectiva daquele do qual se queixa. Somente assim levamos essa pessoa a abandonar o lugar de vítima e, consequentemente, levamos ela a assumir a sua parte da responsabilidade pela situação.
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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