BELO HORIZONTE – Após o último treino da seleção antes do clássico contra a Argentina, Tite afirmou que está ansioso pela partida desta quinta-feira, que dificilmente conseguirá ter ma noite tranquila de sono esta noite. Com a escalação do Brasil confirmada – Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Fernandinho, Paulinho e Renato Augusto; Phillippe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar -, o técnico da seleção falou em entrevista coletiva sobre seu primeiro clássico à frente da seleção. Eliminatórias em 6 de novembro
Até aqui, foram quatro vitórias em quatro jogos, contra Equador, Colômbia, Bolívia e Venezuela, e Tite reconhece que enfrentar a Argentina é subir um degrau nos desafios à frente da seleção. E diz que a partida vale mais que os três pontos:
– Pela questão da confiança, o jogo é muito importante. Para a classificação, o jogo vale os três pontos igual. Porém, a dimensão do clássico, a histórias das duas equipes, tem sim um componente diferente. Não sei se cabe dizer “campeonato à parte”, mas é uma condição diferente – afirmou o treinador.
Tite foi perguntado várias vezes sobre o que fazer para deter Messi, o melhor jogador do mundo. Em todas as repostas afirmou que não entraria em detalhes sobre o que planejou para marcá-lo. Mas fez questão de ressaltar que sabe ser impossível anular o craque argentino, e contou que sua estratégia é tentar isolá-lo do jogo.
– Uma vez, eu ainda era técnico do Caxias e fui enfrentar o Grêmio do Ronaldinho. Fiquei pensando, “o que vou fazer?”. Você encontra algumas formas… Não quero entrar muito nesse terreno, mas há formas… Mas o craque não se neutraliza. O Messi vai jogar, Di Maria vai jogar… O que você pode fazer é diminuir o número de participações (na partida). Mas não se para um Messi – disse o treinador.
Ao ser perguntado sobre o que espera da torcida brasileira nesta quinta-feira no Mineirão, estádio que foi palco da goleada por 7 a 1 para a Alemanha, na Copa de 2014, Tite surpreendeu na resposta. Espontaneamente, pediu apoio aos torcedores, revelando certo temor de que torcedores do Atlético-MG possam dar algum tipo de apoio aos argentinos pelo fato de o atacante Pratto, ídolo atleticano, estar no elenco argentino, e pela seleção visitante estar hospedada na Cidade do Galo, o CT atleticano. Tite lembrou inclusive de sua passagem ruim como técnico do Atlético-MG, em 2005, quando ele participou da campanha que culminou com o rebaixamento da equipe.
– Conheço o carinho que o atleticano tem por sua equipe, a idolatria que tem pelo Pratto, sei que a Argentina está na Cidade do Galo… Passei pelo Atlético, me sinto até em dívida por tudo que aconteceu. Mas a torcida hoje é a torcida mineira, não do clube. Precisamos desse apoio do torcedor para fazer um grande jogo – disse Tite. Em fotos, o retrospecto de Neymar contra a Argentina
