BRASÍLIA – O presidente Michel Temer condecorou autoridades brasileiras e colombianas que prestaram auxílio após o acidente de avião da Chapecoense, que deixou 71 mortos no último dia 29. A cerimônia no Palácio do Planalto nesta sexta-feira teve discursos emocionados.
? O Brasil recebe hoje nossos irmãos colombianos de braços e coração abertos ? disse o presidente Michel Temer.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, citou o escritor colombiano Gabriel García Márquez, e convidou a primeira pessoa a chegar ao local do acidente do time – um garoto – a ficar de pé e receber aplausos.
? O amor se faz maior e mais nobre na calamidade ? disse o ministro, agradecendo a todos os cidadãos colombianos, como voluntários, policiais, taxistas e médicos. Serra ressaltou que, por conta do episódio, Brasil e Colômbia são países familiares.
? Medellín é a cidade mais amável que possamos ter sobre a face da Terra ? declarou o prefeito de Chapecó, Luciano José, que completou:
?Se eu fosse agradecer todos os dias da minha vida, ainda não seria o suficiente.
Entre as autoridades que receberam a Ordem do Mérito da Defesa, estavam o ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas; o comandante da Força Aérea da Colômbia, Carlos Eduardo Bueno; o diretor-geral da Polícia Nacional da Colômbia, Jorge Hernando. Gestores do departamento de Antioquia e de Medellín também foram condecorados.
A Ordem do Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, também foi entregue. Foram agraciados o prefeito de Chapecó, Luciano José; o prefeito de Medellín, Frederico Gutiérrez; o presidente do Atlético Nacional, Juan Carlos de la Cuesta; jornalistas colombianos; membros do Instituto Médico Legal do país; e clínicas médicas.
O prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez, leu algumas partes do discurso em português, como “nós estamos com você”, e enfatizou que o acidente marca o início de um novo relacionamento entre Brasil e Colômbia.
? O sofrimento de vocês é o nosso. Sentimos essa tragédia como se fosse nossa ? afirmou Gutiérrez, com voz embargada, dizendo que os jogadores da Chape deixaram os campos e foram para o céu.
