O técnico Niels Frederiksen, da Dinamarca, tentou de todas as formas medir palavras diante das perguntas sobre a situação difícil em que o Brasil, favorito na chave, chega à última rodada do Grupo A dos Jogos Olímpicos. Ele admitiu estar surpreso com os resultados, mas disse não ter visto o Brasil jogar mal. Mesmo assim, deixou claro que vê no futebol brasileiro atual uma dificuldade coletiva.
– Sim, é um momento difícil do futebol brasileiro, não foram bem na última Copa América, na Copa do Mundo. Mas prefiro me concentrar no time que vou enfrentar, que jogou boas partidas. O Brasil tem grandes jogadores, mas hoje todos os times precisam jogar coletivamente, como equipe. Nós procuramos jogar coletivamente – disse Frederiksen. Futebol masculino: Brasil x Iraque
Ele disse ter preparado a sua seleção para um jogo completamente diferente do que enfrentou nas duas primeiras rodadas, contra Iraque e África do Sul. A começar pelo estádio cheio e a torcida contrária. Nas duas primeiras rodadas, ao fazer a preliminar dos jogos do Brasil, pegou arquibancadas ainda vazias. No entanto, entende que a presença do público pode se converter num fator favorável ao seu time. Links futebol2
– Disse aos jogadores para esperarem uma nova situação no torneio. Será tudo muito diferente, haverá muita gente no estádio e, neste sentido, nós estaremos sob pressão. Mas, ao longo do jogo, se o Brasil não jogar tão bem, eles podem passar a ficar sob pressão. A multidão que começará apoiando pode se voltar contra eles – afirmou.
A questão emocional virou arma dos treinadores que enfrentam a seleção brasileira. Mas, segundo Frederiksen, o aspecto técnico da seleção de Rogério Micale merece atenção total.
– Vi os dois primeiros jogos. Sei que não ganharam ainda, mas têm um bom time, com ótimos jogadores, em especial no ataque. Se analisarmos, eles mereceram ganhar os dois jogos, embora tenham empatado – afirmou, antes de mostrar bom humor. – Estou surpreso. Esperava que vencessem os dois primeiros jogos… E perdessem o terceiro.
