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Pluralidade na seleção francesa marca a campanha da finalista

Moscou – A discussão em torno da origem dos jogadores marca a seleção francesa desde que a equipe, em meio a uma crise de identidade nacional, uniu o país com o lema “negro, branco e árabe” no título de 1998. Ainda assim constantemente as turbulências do gênero aparecem na nação marcada pela pluralidade e que retornou à final de Copa do Mundo na terça-feira, ao eliminar a Bélgica em São Petersburgo.

O guineense Pogba e o camaronês Umtiti, campeões mundiais sub-20 em 2013 e destaques na vitória sobre os belgas, são apenas dois dos vários exemplos de gerações que cresceram a partir de uma grande polêmica com então treinador Laurent Blanc na seleção principal em torno do tema ascendência e cor de pele. Uma França que hoje é representada por atletas de diferentes etnias.

Além de Pogba e Umtiti, Griezmann (Portugal e Alemanha), Mbappé (Argélia e Camarões) e Kanté (Mali) são outros jogadores com forte ligações com seus países de ascendência e titulares de Deschamps na Rússia 2018. Em 2015, por exemplo, a seleção malinense tentou recrutar o volante francês, que optou pelo país onde nasceu e se formou como atleta.

Com tantas características distintas, a pluralidade francesa mostrou que o plano da Federação Francesa de Futebol de limitar a quantidade de jogadores com dupla nacionalidade nas divisões de base – descoberto em 2011 devido ao vazamento de uma gravação de uma reunião entre dirigentes – pode significar a derrocada do futebol de uma nação.