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Martine e Kahena nunca ficaram atrás das três rivais desta quinta no mesmo torneio

martine-kahenaA última chance de medalha da vela brasileira pode contar com um aliado importante já que o equilíbrio é a marca da classe 49erFX na Olimpíada ? o retrospecto. Martine Grael e Kahena Kunze levarão seu barco para a água hoje com a certeza de que nunca ficaram atrás das três adversárias desta tarde em um mesmo campeonato.

A dupla, que está na briga pelo ouro, pode garantir ao menos o bronze se repetir o que fez ao longo do ciclo olímpico. Porém, caso fique fora do pódio, será o pior desempenho contra as equipes que ainda estão na disputa. A regata decisiva está marcada para 15h20m.

Quatro barcos chegam à prova com chances de conquistar alguma medalha. As brasileiras estão em segundo lugar na classificação geral e têm os mesmos 46 pontos das duplas da Espanha, em primeiro, e da Dinamarca, em terceiro. Logo atrás, em quarto, está o conjunto da Nova Zelândia, com 47. Como na vela vence quem tiver menos pontos, a equipe que chegar na frente hoje será a campeã.

É no retrospecto que o jogo pesa a favor das brasileiras. Ao todo, as quatro duplas participaram de 16 campeonatos juntas desde 2013, quando a classe 49erFX foi incluída no programa olímpico. As brasileiras foram melhor que todas as rivais em mais da metade ? dez. Somente em dois torneios, Martine e Kahena ficaram atrás de duas duplas, mas faz tempo. Aconteceu em março de 2013, na Espanha, e novembro de 2014, no Rio.

Embora tenha sido realizado nas raias olímpicas, o desempenho neste campeonato não preocupa porque o torneio teve uma particularidade. Atletas de toda a flotilha trocaram de posições no barco na última regata. Assim, a timoneira Martine atuou como proeira e foi substituída por Kahena no controle do timão.

Em outras sete ocasiões, as brasileiras disputaram torneios com ao menos duas rivais de hoje. E foram muito bem. Terminaram na frente em cinco deles. Somente em um as adversárias foram melhores.

BRASILEIRAS TÊM MAIS TÍTULOS

Martine e Kahena estão acostumadas a elogiar as adversárias, mas têm um currículo mais expressivo no 49erFX. Além de serem as líderes do ranking, elas já venceram 13 campeonatos internacionais desde que selaram a parceira, no início de 2013, um número maior que o das rivais da final olímpica.

O ápice da trajetória aconteceu 2014, quando foram campeãs mundiais e eleitas as melhores velejadoras do ano pela Federação Internacional de Vela. Este ano, no entanto, elas só subiram ao pódio uma vez: ficaram em segundo lugar na Copa do Mundo da França.

Duas adversárias também têm títulos mundiais. A dupla da Nova Zelândia venceu o torneio em 2013, com as brasileiras no encalço, em segundo lugar. Este foi um dos dez títulos que conquistaram durante o ciclo olímpico.

A equipe da Espanha foi campeã na edição de 2016. Antes, tinha vencido apenas um campeonato internacional, em 2014. Já o conjunto da Dinamarca conquistou apenas três competições nos últimos quatro anos. O mais importante foi o campeonato europeu de 2016.