Saúde

Covid: Média Móvel de casos aumenta 20,4%

Já a média móvel de mortes continua abaixo e aparece 7,6% menor que o registro de 14 dias atrás

Covid: Média Móvel de casos aumenta 20,4%

Curitiba – A média móvel (de sete dias) de registros de casos de covid-19 no Paraná voltou a crescer e ontem estava 20,4% acima do registro de 14 dias atrás. O aumento de diagnósticos faz com que a curva da doença volte a subir, como mostra o Gráfico (veja a imagem).

Já a média móvel de mortes continua abaixo e aparece 7,6% menor que o registro de 14 dias atrás. O percentual de queda que já havia chegado a mais de 60% vem reduzindo nas últimas semanas, até porque a base de cálculo passa a ser menor.

Nessa quarta, a Secretaria de Estado da Saúde informou mais 1.746 casos e 66 óbitos pela infecção causada pelo novo coronavírus – nesse total constam 41 óbitos registrados anteriormente em Curitiba e que só agora foram computados pelo Estado.

No oeste, foram confirmados cinco óbitos: quatro em Foz do Iguaçu e o 24ª em Marechal Cândido Rondon. O Paraná soma agora 223.329 casos e 5.512 mortos em decorrência da doença.

Internamentos

Nessa quarta, 1.540 paranaenses ocupavam os leitos exclusivos para o tratamento da covid-19. Desses, 556 pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19, 458 pacientes estão em leitos SUS (240 em UTI e 218 em leitos clínicos/enfermaria) e 98 em leitos da rede particular (34 em UTI e 64 em leitos clínicos/enfermaria).

Outros 984 pacientes internados, 427 em leitos UTI e 557 em enfermaria, que aguardam resultados de exames.


Com recorde de casos, Foz aguarda apoio federal para contratar médicos

 Foz do Iguaçu – O Município de Foz do Iguaçu vem assistindo ao crescimento de infectados pelo novo coronavírus nas últimas semanas. Ontem, a Terra das Cataratas registrou o maior número de casos diários de covid-19 desde o início da pandemia. Foram 229 confirmações e quatro óbitos em decorrência da doença. O Município soma agora 10.680 casos e 160 mortes.

O diretor do Hospital Municipal, Sérgio Frabriz, afirma que o aumento é preocupante e que deve refletir na ocupação de leitos nos próximos dias. “Com a abertura da Ponte da Amizade e os feriados prolongados [12 de outubro e 2 de novembro], já prevíamos um aumento de casos, mas não tão expressivo como ocorreu. A preocupação é que as pessoas jovens que mais circulam acabem levando a doença para os mais idosos, que têm agravamento do quadro. Essa maior infecção leva um período para o agravamento e internação, então em sete a dez dias devemos sentir um aumento de ocupação de leitos”, explicou.

As autoridades municipais têm reforçado a necessidade de conscientização da população em relação ao risco da doença.

Pouco antes da abertura da fronteira, ocorrida dia 15 de outubro, o Município enviou ao Ministério da Saúde um plano para ampliação de leitos e equipes médicas a fim de garantir estrutura suficiente para atendimento dos pacientes. O pedido, elaborado em parceria com o governo estadual, previa a abertura de mais 70 leitos de UTI.

Segundo o Município, o Ministério da Saúde se disponibilizou em auxiliar na contratação de médicos e colocou à disposição uma relação de profissionais, porém, o Ministério precisa fazer o credenciamento para subsidiar as contratações, o que ainda não foi feito. Além disso, o governo do Estado enviará novos insumos para auxiliar nas testagens.

A principal estratégia adotada pelo Município é o rastreamento de contatos de infectados que permite a detecção precoce de casos entre indivíduos que foram expostos ao vírus e ajuda no controle da transmissão. O sistema de notificação – Notifica Covid – permite que sejam listados todos os contatos dos casos suspeitos e confirmados no primeiro atendimento.

Essa estratégia, formulada em parceria com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), está sendo adotada no Estado do Paraná e no Mato Grosso do Sul, sendo os dois os pioneiros no Brasil.