Presente do papa a Lula, um conto do vigário
Ficou feio para o PT explorar o caso de Juan Grabois – o suposto “assessor” do papa Francisco que foi impedido de visitar e entregar a Lula, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, um terço enviado pelo Pontífice como presente. O Vaticano usou o Twitter para esclarecer certos detalhes: Grabois não é assessor do papa, mas ex-consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz – um colegiado bem mais amplo de que fazem parte representantes de vários continentes. Grabois tentou fazer a visita em caráter PESSOAL (as maiúsculas são do comunicado do Vaticano) e não como representante de Francisco. O terço não foi mandado pelo papa, mas supostamente abençoado (não se sabe quando) por ele – assim como o são os objetos religiosos vendidos como lembrança para turistas nas lojinhas situadas no subsolo da Basílica de São Pedro.
Sem cartão
A página do Vatican News – oficial da Santa Sé no Twitter – não menciona nenhum cartão que, como o PT alegou, teria sido assinado por Francisco e dirigido a Lula.
Vetado
Já a Polícia Federal diz que impediu a visita de Grabois porque ele não comprovou sua condição de religioso. As segundas-feiras estão reservadas as visitas para assistência espiritual a Lula. Grabois é advogado argentino fundador do movimento dos trabalhadores excluídos. Nenhum rosário foi deixado na PF para ser entregue ao ex-presidente.
Plebiscito
O plebiscito e o referendo, nos termos da Lei 9.709/1998, são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O plebiscito é convocado com anterioridade por meio de ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
No Paraná
Na vida republicana brasileira foram raríssimas as vezes nas quais o povo foi consultado. Com efeito, o povo paranaense, no que toca as estradas estaduais, pode decidir se aceita ou rejeita a renovação e a criação de novos pedágios. As anunciadas audiências públicas são uma mera fachada para abençoar o processo de renovação. Elas não têm eficácia decisória. Os trechos federais devem seguir a decisão.
Prazo
Outra ideia é que a manifestação pode ser válida para os próximos 20 anos, assim teríamos um prazo de impossibilidade ou não de renovação ou da criação ou não de novos pedágios. E contratos seriam realmente estudados ou quem sabe a gestão poderia ser feita por uma sociedade anônima com capital do estado e da iniciativa privada. Esta é a justa e importante oportunidade para se saber o que o povo quer decidir. Plebiscito para os pedágios no Paraná!
Centro unido
Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o senador Alvaro Dias afirmou ser difícil a consolidação de uma candidatura única do chamado centro nas eleições presidenciais. Evitando abrir mão de seu nome na disputa, o senador considera que pelo menos duas candidaturas no campo se manterão na corrida pelo Planalto. “Eu considero difícil. Entendo que é possível reduzir o número de candidaturas, isso sim, são vários os candidatos do centro, é possível reduzir o número talvez a dois”, disse ao Estadão.
Eu fico!
Alvaro afirmou que não vê nem o Podemos nem o PSDB, que tem o ex-governador paulista Geraldo Alckmin como presidenciável, desistindo da pré-candidatura ao Planalto. Para o senador, ex-tucano e que diz defender um projeto de “refundação da República e ruptura com o sistema corrupto atual”, não há clareza em relação à defesa do mesmo projeto em outras candidaturas.