A Fórmula-E, com carros movidos a bateria elétrica, volta às ruas, neste fim de semana, em Buenos Aires, na terceira prova da temporada. Ver os monopostos e seus motores mais silenciosos pelas ruas da capital argentina já faz parte do calendário da cidade desde 2014. Em breve, o Brasil deve se unir aos hermanos e ganhar mais uma corrida de automobilismo. O fundador e CEO da categoria, Alejandro Agag, está de visita marcada ao país este mês para seguir a negociação da entrada da F-E em solo brasileiro.
Por enquanto, tudo é tratado com extremo sigilo, mas o espanhol admite que está negociando com três cidades brasileiras e há outras em vista. O crescimento da categoria pelo mundo, que hoje conta com 10 provas, sendo duas na América Latina (México, além da Argentina) é um dos objetivos do CEO.
– Estamos procurando novas possibilidades de sedes na América Latina. O campeonato está sempre crescendo, e vamos sempre buscar estendê-lo globalmente. Estou indo ao Brasil para conversas oficiais com algumas cidades. Nós realmente gostaríamos de correr no Brasil – disse Agag, em entrevista por email.
Da mesma holding que comprou a Fórmula-1, recentemente, – o conglomerado de telecomunicações Liberty Media Group -, a Fórmula-E evita comparações e disputas com a categoria mais famosa.
– Somos companhias totalmente diferentes e independente, não competimos uma com a outra. Para mim, somos complementares. Podemos ser considerados “primos distantes” – diz Agag, que não pretende tomar o público da F-1, mas fazer o seu próprio por meio da interação. – Eu defino o engajamento como a chave para ganhar novos fãs e manter o que já temos, e esse é principal foco da Fórmula-E (os fãs podem, por exemplo, dar energia extra aos carros mais votados nas redes sociais).
Assim como a Fórmula-1, a categoria de carros elétricos é a base de desenvolvimento de novas tecnologias que vão chegar às ruas. Ao contrário da F-1, contudo, uma tecnologia limpa, causa urgente em tempos de mudanças climáticas promovidas pela poluição ambiental. Para a próxima temporada, por exemplo, a F-E terá apenas uma troca de carro apenas (atualmente, são duas):
– Com isso, a categoria mostra o quão grande é a capacidade das baterias num curto período de tempo. O objetivo final é aumentar o número de carros elétricos nas rusa de todo o mundo. Queremos que sejam mais populares. Com as corridas e a apresentação da tecnologia em todo o mundo, achamos que vamos conseguir nosso objetivo: um dia, tornar todos os carros, em carros elétricos.
