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Brasil e EUA se enfrentam no vôlei em momentos distintos

A seleção brasileira masculina de vôlei, invicta em dois jogos, enfrenta nesta quinta-feira os Estados Unidos, às 22h35m, no Maracanãzinho. E o rival vai para o tudo ou nada, já que perdeu suas duas partidas na Olimpíada até agora. A terceira rodada terá ainda: Canadá x França (17h) e Itália x México (20h30m). Pelo grupo B, o Irã enfrenta Cuba (9h30m), a Rússia joga contra o Egito (11h35m) e a Polônia pega a Argentina (15h).

Vôlei em 10 de agosto

– Eles estão sob pressão, e como perderam as duas partidas, virão com tudo. Mas estaremos preparados – disse o ponteiro Maurício Borges, o destaque do Brasil no último jogo, para quem essa condição pode favorecer os brasileiros.

Para Bruninho, levantador do Brasil, a seleção vem empolgada após vitória consistente contra os canadenses, por 3 a 1. Ele diz que o termômetro do Brasil é a defesa, e que a equipe esteve muito bem nesse quesito.

– A gente vai crescer ainda. Só teremos pedreira pela frente, mas a atitude do time, faca nos dentes, tem de ser a nossa cara em cada partida. Não podemos pensar em ninguém, se os americanos vêm na pressão porque perderam os dois jogos aqui. Temos de pensar na gente. Eles podem vir jogando a partida da vida, mas podem estar pressionados. Então é melhor nos concentrar no que temos de crescer, como nos contra-ataques, por exemplo, que contra o Canadá, no início, desperdiçamos.

O levantador contou que tem dificuldade para relaxar após os jogos “corujão”, que começam às 22h30m.

Infografico volei – 10/08

– Não é só o físico, é a cabeça. Espero conseguir desligar o meu “computador” o mais rápido possível, a cada partida, para conseguir dormir. Uma melatonina ajuda nesse momento.

Os americanos estrearam com derrota por 3 a 0 para o Canadá e depois foram superados pela Itália por 3 a 1 (mesmo com os 22 pontos de Aaron Russell). Na classificação do grupo A, estão à frente apenas do fraco México, e graças ao “set average”.

Lucão, meio de rede que preocupou na estreia, com dores no joelho, mas que atuou contra o Canadá, disse que está melhor e que não deve desfalcar o time. Afirmou que o tratamento de fisioterapia fez efeito e que ter sido poupado dos treinos também ajudou.

Maurício Souza, outro central, ainda não sabe se vai atuar. A tendência é que continue fora, por causa da contusão na região posterior da coxa esquerda, e que só entre em quadra daqui a duas rodadas, contra a França.

Tatuagens enfeitam os corpos olímpicos na Rio-2016

– Deram uma soldada e então estou bem. Doí um pouco, mas qual atleta que não sente dor? Faz parte. Essa dor teve um lado positivo: treinei menos – brincou Lucão.

Em Olimpíadas, os EUA têm mais vitórias do que o Brasil nos confrontos diretos: 6 a 5. Mas em torneios internacionais, a vantagem é brasileira: 44 vitórias contra 25. Neste ano, as duas seleções se enfrentaram duas vezes pela Liga Mundial: o Brasil venceu por 3 a 1, em jogo no Rio, e por 3 a 2, de virada, na semifinal do torneio, na Polônia, quando Bernardinho escalou time reserva.