Cotidiano

Auditores querem “cabeça” de secretário

Foz do Iguaçu – Auditores fiscais da Receita Federal responsáveis pela cobertura na região de fronteira nos municípios de Foz do Iguaçu, Santa Helena e Guaíra, em greve desde 1º de novembro do ano passado, aprovaram em assembleia voto de desconfiança contra o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Juntos, estão incluídos superintendentes, coordenadores e subsecretário da Receita Federal do Brasil.

A luta é pela regulamentação do bônus de produtividade e eficiência, acordado com o governo federal no início do ano passado e ainda não cumprido pela União. Conforme os auditores, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, tem sido conivente com o governo federal, deixando exercer sua verdadeira função que é a de fazer a ponta em busca de um acordo entre servidores e governo.

Uma assembleia nacional no fim da tarde de ontem delineou os rumos a serem tomados daqui para frente: “Vamos saber com vamos proceder daqui para frente nos próximos dois dias, quando forem concluídas todas a assembleias realizadas no País”, adianta.

Hoje são 90 auditores fiscais que atendem a região de fronteira dos três municípios citados. Atualmente, a paralisação é feita de maneira mais intensa às terças, quartas e quintas-feiras. O que agora pode ser intensificado. “As duas hipóteses foram aceitas pelos auditores, que aguardam uma posição nacional”, destacou. “De qualquer forma, a paralisação será mantida até que o governo federal cumpra o acordo firmado com os auditores ainda em 2017, envolvendo a regulamentação”.

Segundo Burg, essa é a única forma de os auditores conseguirem êxito em suas reivindicações: “Não dá para entender o governo federal, uma vez que foi ele próprio que propôs a bonificação para alavancar a arrecadação e de uma hora para outra, decidiu voltar atrás e não conceder os repasses na folha de pagamentos dos auditores”.

Enquanto isso, o movimento na Eadi (Estação Aduaneira do Interior) continua, mas de uma forma menos intensa, uma vez que o cenário levou muitos transportadores a reduzir o volume de despachos aduaneiros por conta da paralisação dos auditores na fronteira.