Apesar da liminar expedida pela juíza Fernanda Rosado, da 4ª Vara de Fazenda, em 13 de janeiro, a pedido do Procuradoria Geral do Estado, que obriga a Maracanã S.A. (Odebrecht e AEG) a administrar o Maracanã, nesta terça-feira o gramado continuava sem cuidados – o que favoreceu o surgimento de uma muda de planta. Oficialmente a concessionária reassumiu o estádio em 18 de janeiro, quando foi notificada, religou a luz, limpou as áreas comuns e chamou a Greeanleaf para avaliar a grama, que não era irrigada havia mais de 15 dias.
A empresa responsável pelo gramado esteve no Maracanã uma única vez, passou um produto contra larvas e irrigou. E essa foi a única vez em 22 dias que agrônomos estiveram por lá. A grama, que poderia ser recuperada em até 40 dias, segue sem cuidados, e a falta de manutenção é visível.
O procedimento padrão, nesse processo de fortalecimento, é que o gramado seja cortado cinco vezes na semana. A planta que nasceu no centro do campo não preocupa. Segundo fonte ligada à Greeanleaf, um pássaro pode ter deixado cair uma semente, a planta nasceu, mas não faz mal ao resto. Porém, deixa claro que o trabalho de corte, irrigação e vermifugação não está sendo feito. E grama segue morrendo. Procurada, a Odebrecht – majoritária no consórcio – não quis se manifestar.
Abandonado e com pendências a serem feitas desde que o Comitê Rio-2016 deixou o estádio, em novembro, Odebrecht e Rio-2016 trocaram acusações de responsabilidades sobre a falta de sete mil cadeiras nas arquibancadas, buracos, infiltrações e peças soltas na cobertura, entre outros problemas internos.
A Odebrecht negocia o repasse do estádio, o que deve acontecer em até 15 dias. O governo está em fase final da analise técnica e documental dos concorrentes. Até que a negociação seja encerrada, a Odebrecht é responsável pela manutenção do estádio.