Com camisas brancas com a sua fotografia impressa e a frase “Um piloto não morre, só voa mais alto”, amigos, familiares e autoridades receberam neste domingo, no aeroporto Capitán Anibal Arab, em Cobija, na Bolívia, o corpo do piloto Miguel Alejandro Quiroga Murakami.
TRAGÉDIA DA CHAPECOENSE DIA VI
Quiroga era o comandante do voo da LaMia que levava os jogadores da Chapecoense para Medellín, onde o clube disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Inicialmente, o voo deveria parar em Cobija para reabastecimento, mas o atraso na saída de Santa Cruz de la Sierra o fez mudar o trajeto e ir direto para Medellín. O avião, porém, nunca chegaria na cidade colombiana. As autoridades colombianas apontaram que houve falta de combustível.
Na chegada do corpo de Quiroga, seu sogro, Roger Pinto, agradeceu aos ministros do governo Evo Morales e ao govenador de Pando, na Bolívia, pelos esforços para levar o corpo do piloto para a cidade boliviana.
– Quero agradecer por trazer nosso filho, desviar a rota original do plano de voo e trazê-lo direto para Cobija. A verdade é que se isso não tivesse sido feito, ele iria para Santa Cruz (de la Sierra) e assim iria prolongar ainda mais a dor, pois seria preciso contratar outro avião de Santa Cruz para Cobija.
Em entrevista ao GLOBO, Roger já havia pedido perdão, caso seja confirmado que houve erro do piloto no acidente.
– Lamentavelmente, hoje tenho que levá-lo para a sua última morada.