RIO – Após dias de tentativas frustradas para tentar fazer com que a água da piscina do Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, retome a coloração original, em vez do constrangedor tom verde provocado por falhas de manutenção, o comitê organizador dos Jogos resolveu adotar uma medida drástica: a piscina deve ser parcialmente esvaziada. Segundo o próprio comitê, a coloração verde foi provocada por alteração no Ph da água. A causa, no entanto, ainda não é conhecida. Piscina verde 12-08
O Maria Lenk recebe as competições de saltos ornamentais e de polo aquático. Os detalhes da operação para que a piscina volte à coloração azul serão apresentados em entrevista coletiva, prevista para 15 horas.
Na sexta-feira, o especialista na plataforma de 10 metros, o saltador britânico Tom Daley questionou a justificativa dada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para a água da piscina usada para os saltos ornamentais ter ficado verde. Ele acredita que alguma coisa mais grave aconteceu porque, quando ele foi treinar, encontrou o local fechado. Na sexta-feira, o COB informou que a alteração na coloração da água aconteceu devido à presença de algas.
Estava previsto para as competições de sexta-feira que a cor da piscina voltasse ao azul, mas isso não aconteceu. No começo da semana, os atletas do salto ornamental passaram a mergulhar sobre as águas verdes sem que ninguém soubesse explicar o porquê da nova tonalidade. Entre as suspeitas, que viraram piada nas redes, a mudança de alcalinidade, a proliferação de algas por conta do excesso de cloro ou até a presença de xixi. Mas um dos esportistas, o britânico Jack Laugher, ouro no salto do trampolin de 3 metros com o parceiro Chris Mears, defendeu ter descoberto o real motivo:
? Nós temos grandes quadros de plástico que ficam na água apenas para decoração e efeito. Você pode ver que elas são azuis debaixo d’água e verdes na superfície ? disse o britânico. ? E nós achamos que talvez um monte de tinta tenha entrado na piscina.
Ainda na sexta-feira, após prometer que solucionaria o caso da coloração esverdeada da água do Centro Aquático Maria Lenk, o Comitê Rio-2016 desistiu de estipular prazos. A organização passou a trabalhar, no entanto, para que a questão possa ser equacionada até domingo, data de início das competições de nado sincronizado. Atletas da equipe australiana de polo aquático reclamaram de ardência nos olhos e mais compostos químicos foram colocados na piscina para que ela voltasse a ficar azul, sem sucesso.
