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Bora correr? São Silvestre é mistura de emoções e empolga cascavelenses

A Corrida São Silvestre chega à sua edição de número 95 neste último dia de 2019

Bora correr? São Silvestre é mistura de emoções e empolga cascavelenses

Prova tradicional no calendário de corredores de todo o mundo, a Corrida São Silvestre chega à sua edição de número 95 neste último dia de 2019. Ela fecha a temporada de competições no Brasil e é encarada de muitas formas pelos participantes. São 35 mil competidores inscritos. Os do pelotão de elite vão em busca dos R$ 461 mil da premiação. Já os do pelotão geral enfrentarão os 15 quilômetros da disputa com os mais distintos objetivos. Para um grupo de cascavelenses que estará nas ruas de São Paulo nesta terça-feira (31), será um misto de emoções.

Para Marcos Rogério dos Reis, será a segunda participação. “A primeira foi em 2016, e encaro a São Silvestre como uma prova para fechar o ano. Nela o participante vai recarregar todas as energias, porque a vibração dela é show, então ele vai curtir, vai sorrir, vai chorar, enfim, tudo isso acontece durante o percurso. E uma das coisas mais gostosas é que os moradores e também turistas vão nos prestigiar. Eles vão às ruas e aplaudem e gritam. Tem um ponto da prova, quando começamos a entrar no túnel, que as pessoas ficam lá em cima aplaudindo e gritando, incentivando, e esse som entra no túnel e se mistura aos gritos dos corredores. É emocionante, não tem como não se arrepiar. Tenho um vídeo que foi feito nesse local em 2016 e sempre que posso abre ele, para sentir essa energia legal que é adquirida nessa corrida, mas só estando lá para ter essa dimensão, a noção do que a São Silvestre é”.

Quanto à sua percepção da Corrida como atleta, Marcos Rogério diz que os colegas devem mesmo é curti-la, sem se preocupar com o relógio. “Assim como foi em 2016, tenho certeza que desta vez também será muito bom. A ideia de participar este ano surgiu em uma conversa entre eu e mais dois colegas, e ao começarmos a divulgá-la, agregamos mais pessoas. E agora vamos em um grupo de amigos. Quanto à prova, ela não permite uma boa colocação para nós, que saímos do pelotão geral, pois há muitos participantes e não conseguimos ganhar espaço para correr. Por isso a prova acaba sendo de festa. Temos que ir no ‘trotinho’ no início, e somente a partir do quarto quilômetro conseguimos começar a ganhar mais liberdade pra correr. Por isso, desejo que todos os colegas curtam o máximo que puderem. Esse vai ser meu objetivo”.

Empolgação contagiante

A emoção e empolgação da São Silvestre são realmente contagiantes. Também em sua segunda participação, Rose Clea Glaba Marcondes e Silvano Ferreira de Lima viveram essa situação na primeira experiência, na qual participaram juntos.

“Em minha primeira São Silvestre eu não estava tão empolgada quanto o Silvano, porque era dele a vontade de fazer uma São Silvestre e não minha, mas fui e graças a ele foi maravilhoso ter participado. Quando ele comentou sobre irmos novamente não pensei duas vezes em dizer ‘sim’. Então, ‘bora’ para a São Silvestre, que é uma prova muito emocionante”.

Já para Silvano, que desta vez será veterano, a empolgação é como se fosse para a primeira participação: “sempre tive vontade de correr a São Silvestre, e nessa segunda vez a ansiedade para mim está sendo a mesma da primeira vez. Então, com certeza será muito emocionante”.


A expectativa da primeira vez

 

Para quem vai correr a mística São Silvestre pela primeira vez, as expectativas são as mais variadas. Entretanto, uma unanimidade dentre os “novatos” do grupo de amigos cascavelenses que curtirá a corrida desta terça-feira (31) é a realização de um sonho.

“Será minha primeira participação, apesar de ser um sonho antigo. Desde criança acompanho este que é o maior evento nacional em se tratando de corrida de rua. Eu estou indo lá para festejar a vida junto aos meus amigos e em busca de energias positivas. Que fique nas gotas do suor tudo o que não foi bom em 2019 e que a brisa serena do vento nos traga as perspectivas do novo ano que se inicia”, diz Carlos José Luzzi, que vai superar com vontade extra a subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, trecho mais comentado e temido da São Silvestre, principalmente pelos estreantes – são cerca de 2 km de percurso em 70m de altitude.

Para Joelma Taborda, o último dia de 2019 será marcado por mais uma conquista na vida: “como em todas as provas, não sei como vai ser, mas encaro essa com o objetivo de concluí-la bem, sem lesões. Para mim, o segredo é ter persistência e não parar, como tudo o que vamos fazer em nossa vida. E fazer a São Silvestre vai ser mais uma conquista, mais um sonho realizado”.

Já Maycon Biazzi experimentará a sensação inédita de correr sem a meta de superar a si mesmo e suas marcas pessoais: “para minha primeira São Silvestre a expectativa é curtir muito com os amigos a adrenalina dessa corrida, é ter uma experiência nova, na qual o objetivo não é vencer e bater recordes pessoais, e sim me divertir ao máximo, diferentemente do que o atleta faz o ano todo. Então, ‘bora’ se divertir”.

Superação, incentivo e novas amizades

Além de todo o sentimento que a São Silvestre desperta nos participantes, há um próprio das corridas, a adrenalina, além de proporcionar novas amizades. É assim que a cascavelense Dianis Cavalari encara a Corrida.

“A expectativa para a São Silvestre é bem grande. Já vimos o vídeo da corrida do ano passado e estamos sentindo uma emoção diferente. Nós, corredores, temos sentimentos diferentes a cada prova que disputamos, em cada cidade diferente que corremos. Na São Silvestre, busco superação e ser feliz, que é o que buscamos ultimamente no nosso grupos amigas. Para nós é fundamental é estar lá e participar. Não é competir, é terminar a prova bem, ser feliz. Logicamente que gostamos de correr, e vamos correr, mas nesta prova não temos expectativa de correr muito, porque já sabemos a história dela, já sabemos que é uma prova que é mais demorada, pelo número de participantes. Então, vamos estar lá para ser feliz, e incentivando as pessoas a correr, o que nos faz muito bem. A corrida nos libera uma adrenalina muito boa. E o grupo de amizade tem me feito muito bem, a corrida me trouxe muitos amigos e muitas amizades boas. Nesse último ano tenho convivido com uma corrida em quase todo fim de semana. Então, nesta última de 2019, lá para curtir essa prova, vamos lá para correr todos juntos, e não para competir”.

 

São Silvestre 2019

A programação de largadas neste dia 31 começará mais cedo que o tradicional, a partir das 7h25, com a categoria Cadeirantes. Em seguida, a partir das 7h40, será a vez da Elite feminino, ficando para as 8h05 a Elite masculino, a Pelotão C, a Cadeirantes com Guia e a Pelotão Geral.