Cascavel – A pandemia fez com as instituições de ensino buscassem alternativas para que os estudantes fossem menos prejudicados. A principal modalidade adotada no período mais crítico da Covid-19 foi o “ensino remoto”, no qual os estudantes participavam das aulas “online”, em casa. Entretanto, com o avanço da vacinação e a redução dos casos e óbitos, foi possível projetar e projetar o retorno presencial de alunos e professores.
No dia 3 de novembro a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) voltou a receber alguns alunos que optaram por retornar à instituição. Retornaram ao modelo presencial o curso de Odontologia e o 4º ano do curso de Enfermagem. Já no modelo online ficaram os cursos de Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado), Administração, Ciência da Computação e Pedagogia. Os cursos de Engenharia Civil e Fisioterapia adotaram um modelo híbrido, com aulas remotas e presenciais.
O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, explicou que a universidade prezou pela possibilidade de escolha por parte dos colegiados, visto que, em algumas situações, os alunos teriam que lidar com deslocamentos e outras dificuldades. Além disso, o reitor destacou a preocupação com a saúde de alunos, professores e de todos os servidores. “Um grupo de especialistas da universidade definiu o protocolo sanitário, que segue as recomendações da Secretaria de Estado da Saúde. Adotamos o uso de máscara, distanciamento, álcool em gel e lavagem de mãos, que são as medidas que surtem efeito”, comentou.
ESTRATÉGIA PALIATIVA
Sabrina Grassiolli, vice-presidente da Adunioeste (Sindicato de Docente da Unioeste) contou que o ano letivo de 2020 foi concluído somente em outubro de 2021, sendo realizado basicamente online. Ela relatou que os professores tiveram que se adaptar ao ensino remoto, mas a nova ferramenta não agradou a todos. “Eles concordam que o remoto é mais cansativo, que o aluno não rende o esperado e a transmissão do conteúdo deixa a desejar. Foi uma estratégia paliativa, não é o que os professores querem”.
Uma das preocupações com o ensino online era a evasão. Porém, conforme a vice-presidente da Adunioeste, grande parte dos alunos conseguiu acompanhar as aulas. Na segunda quinzena de dezembro os acadêmicos entrarão em férias e o retorno está programado para o dia 24 de janeiro.
Grassiolli espera que todo este transtorno causado pela Covid-19 não desanime os acadêmicos. “Hoje não há dúvida que alunos formados conseguem os melhores empregos, melhores salários e uma vida mais estável. Que esse sonho de fazer a graduação não seja deixado de lado por conta da pandemia”, incentiva a professora.
RETORNO GRADUAL
Como já descrito, a decisão sobre o formato (presencial e remoto) ficou a cargo dos colegiados de cada curso oferecido pela Unioeste. Por este motivo, alguns alunos voltaram a frequentar a sala de aula e outros continuaram com atividades de forma remota.
No Campus Foz do Iguaçu todos os cursos seguirão com o modelo remoto, visto que os estragos causados pelo temporal do último dia 23 de outubro impossibilitaram o retorno dos estudantes. O curso de Enfermagem retornará presencialmente com as atividades de APS, exceto para os acadêmicos do 1º ano, e seguirá com as aulas teóricas no modelo remoto.
No Campus Francisco Beltrão seguem no modelo remoto os cursos de Geografia (Licenciatura), Geografia (Bacharelado), Pedagogia, Direito e Nutrição. Já o colegiado de Medicina adotou o modelo híbrido de acordo com a necessidade da graduação.
Em Marechal Cândido Rondon os cursos de Educação Física (Licenciatura e Bacharelado), Geografia (Licenciatura), Ciências Contábeis e História (Licenciatura) adotaram as aulas presenciais. Seguem no modelo remoto os cursos de Letras, Direito e Agronomia.
O Campus Toledo definiu que as aulas dos cursos de Química (Licenciatura e Bacharelado) seguem o modelo presencial. O Campus informou que segue no modelo remoto o colegiado do curso de Serviço Social.
Na próxima terça-feira (30), uma reunião na Unioeste promove um novo debate sobre o retorno presencial de forma segura na data inicialmente prevista o início das aulas, bem como o planejamento para 2022.
Redação – Paulo Eduardo