São Paulo – O dólar teve mais um dia de escalada impactado pelo conturbado cenário político nacional entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro e pelos resultados negativos vindos do exterior. Como resultado, a moeda fechou com novo recorde nominal – quando não é considerada a inflação -, a R$ 5,86, alta de 0,82%. Também pressionada, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou na mínima do dia, com queda de 1,51%, aos 77.871,95 pontos.
A moeda americana começou a terça-feira (12) com queda de 0,36%, a R$ 5,80. Ainda pela manhã, impactado pela desvalorização das bolsas no exterior, o dólar chegou a R$ 5,74, na mínima do dia. No meio da tarde a moeda voltou a subir e atingiu R$ 5,88 às 15h36, fechando a R$ 5,86.
O dólar subiu 45% em 2020 frente ao real.
Pesou sobre o mercado a divulgação do vídeo da reunião ministerial entre Jair Bolsonaro e o ex-ministro Sergio Moro, na qual ele cobra por intervenções dentro da Polícia Federal (leia mais na página 6).
Também impactou a piora da atividade interna confirmada pela queda recorde no setor de serviços. Com o fechamento obrigatório de estabelecimentos de serviços não essenciais, o volume de serviços prestados caiu 6,9% em março ante fevereiro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nessa terça.
Além de serviços, outro setor que continua acumulando perdas com o coronavírus é o turismo, que já perdeu R$ 62,56 bilhões desde o início da pandemia, segundo calculou a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).