WASHINGTON – A montadora alemã Volkswagen reconheceu sua culpa para solucionar o caso das emissões de diesel nos Estados Unidos, segundo documentos divulgados oficialmente. O caso envolve conspiração para cometer fraude, obstrução de justiça e falso testemunho. O acordo prevê o pagamento de US$ 4,3 bilhões pela Volks por responsabilidade civil e criminal.
A Justiça também indiciou seis funcionários da Volkswagen pelo envolvimento no caso, que se estendeu por quase dez anos, inclusive Oliver Schmit, que era gerente do escritório da Volks em Michigan. Nesta segunda-feira, Schmit foi acusado de conspiração para fraudar os Estados Unidos.
Em setembro de 2015, a Volkswagen adimitiu ter instalado um software secreto em centenas de milhares de carros movidos a diesel para fraudar testes de emissão de gases poluentes. Com o programa, os motores indicavam ser mais limpos do que eram de fato nas ruas. Cerca de 11 milhões de veículos foram afetados pelo problema.
Da multa de US$ 4,3 bilhões, US$ 1,5 bilhão se refere ao caso civil e US$ 2,8 bilhões ao caso criminal. A Volkswagen terá que enfrentar a supervisão de um monitor independente por três anos e aceitou implementar mudanças significativas. A empresa concordou ainda em demitir seis funcionários, suspender oito e colocar em avaliação outros três empregados que participaram do escândalo. O acordo ainda precisa ser aprovado pelo juiz Sean Cox, de Detroit.