SÃO PAULO. As vendas pela internet no país movimentaram R$ 19,6 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados do 34º WebShoppers, o principal relatório sobre o e.commerce brasileiro, divulgado nesta quinta-feira pela e.bit.
Três fatores teriam sido determinantes para o desempenho do setor nos primeiros seis meses do ano, de acordo com o estudo: o aumento de 7% no valor do tíquete médio, que subiu a R$ 403,46, puxado pela alta de preços registrada pelo Índice FIPE/Buscapé; a maior participação das classes AB nas compras online; e a manutenção das vendas de categorias de produtos de maior valor, como ?Eletrodomésticos? e ?Telefonia/Celulares?.
Colaborou ainda para o bom movimento das vendas, segundo a WebShoppers, o aumento de 31% no número de consumidores virtuais ativos (aqueles que realizaram pelo menos uma compra no período), que chegou a 23,1 milhões. E o forte crescimento das vendas via dispositivos móveis, cuja participação chegou a 18,8% das vendas em média no semestre, atingindo 23% em junho.
? Todos esses fatores somados tiveram influência para que o faturamento registrasse um índice positivo, mesmo com um cenário de retração do varejo como um todo no atual momento do país. Mas as vantagens que a compra online oferece também é motivo de atração aos consumidores que desejam fazer uma compra mais qualificada pagando menos ? avalia Pedro Guasti, presidente da Ebit.
Quando se compara os números de pedidos de compra, no entanto, a pesquisa da e.bit revela que houve uma queda de 2% no semestre passado, reflexo do aumento do desemprego e do enfraquecimento das compras feitas pela classe C. De janeiro a junho, foram registradas 48,5 milhões de encomendas virtuais.
Houve também uma mudança no comportamento dos consumidores em relação à preferência dos produtos adquiridos. A categoria ?Livros, Assinaturas e Apostilas? (14%) assumiu a liderança em volume de pedidos, seguida por ?Eletrodomésticos? (13%), ?Moda e Acessórios? (12%, que estava à frente desde a primeira metade de 2013), ?Cosméticos e Perfumaria /Cuidados Pessoais/Saúde? (12%) e ?Telefonia/Celulares? (9%), nesta ordem.
? Apesar de um começo de ano com ritmo menor nas vendas, a Ebit registrou uma melhora na confiança do consumidor, o que garantiu uma retomada das transações nos últimos meses. A expectativa é de que o crescimento do e-commerce seja maior no segundo semestre potencializado, principalmente, pela Black Friday e Natal ? observa André Dias, diretor operacional da e.bit.