Cotidiano

Um quarto dos desempregados espanhóis está ao menos quatro anos sem trabalho

MADRI – A recuperação do mercado de trabalho espanhol se esqueceu de quem já está há alguns pares de anos sem trabalhar. De acordo com reportagem publicada neste domingo no site do jornal espanhol ?El País?, um quarto dos desempregados está ao menos quatro anos sem emprego. Nunca esse grupo foi tão grande desde o início da crise. Eles são 1,127 milhão das mais de 4,5 milhões de pessoas que estavam sem emprego na Espanha entre abril e junho deste ano. Com a crise, este grupo se multiplicou por 11. Os sem-emprego por ao menos quatro anos são os mais experientes, já que as empresas têm optado pela contratação de quem perdeu o emprego a menos tempo ou jóvens.

Para esse grupo, a criação de empregos dos últimos dois anos foi apenas assistida. Se o pico de desemprego foi ao final de 2013, esse grupo seguiu crescendo segundo a Fundação de Estudos de Economia Aplicada (Fedea). Na Europa, se uma pessoa fica mais de um ano sem trabalhar, já passa a ser considerado um desempregado de grande duração. Nos Estados Unidos bastam seis meses sem trabalho. Economistas acreditam que as empresas preferem contratar quem perdeu emprego há menos tempo ou está entrando no mercado.

? As empresas consideram muito o tempo em que se está parado ? explica Enrique Negueruela, técnico de emprego nas repartições de serviço público da Galícia. ? Uma pessoa que está quatro anos foram precisa se reciclar e de uma contratação imediata.

O emprego público é uma das soluções para esse grupo, segundo José Ignacio Pérez Infante, economista especializado mercado de trabalho.

? Se as empresas não podem atendê-los, que haja emprego público. Algo tem de ser feito por esse grupo e para que não virem o ano sem emprego novamente, diz Infante.