Genesio Ismael tinha 75 anos e há dez anos descobriu no esporte uma nova forma de viver. Sua filha mais velha, Eva Ismael conta que o pai começou a praticar natação após se aposentar, aos 65 anos, como atividade de lazer e porque ele não queria engordar.
“Ele trabalhou com lavoura por um tempo e depois trabalhou na construção civil, então não queria ganhar peso nem ficar doente, mas ele acabou pegando gosto pelo esporte e não parou mais”.
Depois da natação, vieram outras modalidades: caminhada e academia. Por conta dos exercícios, Eva define o pai como um touro: “Ele era um homem forte fisicamente e também por conta de tudo que viveu… nós o chamávamos de touro”.
A família tinha um lugar especial no coração de Genesio. Sua regra principal era de que todos sempre estivessem reunidos em momentos importantes e, claro, de confraternização. “Uma frase que ele dizia sempre e que eu nunca vou me esquecer é: eu amo a minha família”.
Chegada ao Paraná
Alguns capítulos da vida de Genesio Ismael foi escrita fora do Paraná. Ele era natural de Orleans (SC) e cruzou a divisa ainda criança, acompanhado pelos pais, que trabalhavam na lavoura.
Durante sua jornada, viveu em Salto do Lontra, Ouro Fino, Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos e Foz do Iguaçu, até que chegou a Cascavel.
Genesio chegou aqui em 1981, com a esposa Maria Ismael e Eva Ismael, que na época tinha 12 anos.
Em Cascavel, a família sempre viveu no Jardim Alvorada.
Diagnóstico
Genesio Ismael descobriu a doença renal há nove meses e desde então fazia hemodiálise três vezes por semana. Apesar do tratamento (e em função dele), Genesio foi ficando mais fraco, até que não resistiu mais e faleceu na última sexta-feira (5).
Eva Ismael conta que os dias difíceis deixaram o vínculo com o pai ainda mais forte: “Durante esses nove meses nós nos víamos todos os dias. Eu passei momentos muito alegres ao lado dele”.
Genesio deixou a esposa Maria Ismael, os filhos Eva, José e Dirceli Ismael, cinco netos e um bisneto.