Cotidiano

Uber é acusado de boicotar protestos anti-Trump e é alvo de hashtag #DeleteUber

64614748_NEW YORK NY - JANUARY 28 Protestors rally during a demonstration against the Muslim imm.jpgWASHINGTON ? O diretor geral do Uber, Travis Kalanick, está sendo alvo de críticas nas redes sociais por sua relação com o presidente americano, Donald Trump, depois que seu governo proibiu o ingresso, nos Estados Unidos, de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, além de suspender o programa de refugiados no país.

Kalanick publicou no Facebook que a proibição poderá prejudicar “milhares” de motoristas do Uber e que levará as suas preocupações diretamente a Trump durante a reunião de um grupo de assessores para assuntos comerciais, do qual faz parte, na próxima sexta-feira, em Washington.

No sábado, o Uber também foi criticado por reduzir as suas tarifas para usuários no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York ? enquanto os taxistas pararam de trabalhar por uma hora em protesto contra a nova política migratória de Trump.

A medida foi percebida por alguns como uma forma de lucrar mais com os protestos, uma vez que os usuários precisariam buscar alternativas aos táxis.

No entanto, o Uber disse no Twitter que não “teve a intenção de romper com o protesto”. Usuários da rede social lançaram a hashtag #DeleteUber, pedindo que o aplicativo do serviço seja desinstalado dos celulares.

Kalanick, cofundador do serviço de transportes, tem sido alvo de críticas por participar do painel de assessores de Trump. No sábado, Kalanick defendeu sua participação no grupo, em uma mensagem postada no Facebook. Ele argumentou que faz parte do painel por sua “convicação que conversando e se comprometendo podemos fazer uma diferença positiva”.

No dia seguinte, o diretor geral afirmou que começou a enviar e-mails aos motoristas do Uber indicando que “solicitaria ao governo que restaure de forma imediata o direito dos residentes americanos viajarem, qualquer que seja seu país de origem”.

O grupo de assessores para assuntos comerciais de Trump foi anunciado em dezembro como um “foro estratégico e de políticas” que compartilharia seus pontos de vista sobre “as repercussão das políticas de governo no crescimento econômico, a criação de empregos e produtividade”.

O painel é presidido por Stephen Schwarzman, diretor geral do banco de investimentos Blackstone, e inclui representantes da Disney, WalMart, IBM e Tesla.