CLEVELAND, EUA – Como já de praxe, um episódio de terrorismo fez o virtual candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, apelar por medidas duras contra o terrorismo. Após o ataque de terça-feira no aeroporto internacional de Istambul, que deixou 42 mortos e mais de 230 feridos, o magnata renovou o apelo ao afogamento simulado e disse que “gosto muito” do método.
? Temos que combater fogo com fogo ? disse Trump num discurso em Ohio. ? Temos que brigar violentamente porque estamos lidando com gente violenta. Não podemos usar o afogamento simulado, mas o Estado Islâmico pode cortar cabeças, afogar pessoas em jaulas. Podem fazer o que quiserem.
O afogamento simulado, mais conhecido como “submarino”, é uma técnica de tortura banida pelos EUA em 2006, sob o governo de George W. Bush. A CIA passou a condenar abertamente a prática.
Em um momento, Trump perguntou à plateia do comício se eles gostavam do “submarino”. Ao ser aplaudido, disparou:
? Gosto muito. Mas não acho que seja duro o suficiente (como resposta ao terror).
Dias antes, sua porta-voz, Katrina Pierson, voltou atrás nas declarações do magnata em defesa da proibição à entrada de muçulmanos nos EUA. Ela disse que deveria ser aplicada apenas a pessoas provenientes de ?Estados terroristas?. No sábado, a campanha do republicano já iniciara a mudança indicando que a proibição se aplicaria apenas a muçulmanos de ?Estados terroristas?. Na segunda-feira, caiu de vez a menção a ?muçulmanos?.
A porta-voz disse que Trump não alterou a sua posição sobre o tema, alegando que a abordagem da mídia tem sido errada.
? Trump está apenas adicionando detalhes específicos para esclarecer qual é a sua posição, que é diferente da que a mídia vem noticiando ? disse Pierson à CNN. ? Não há mudança de posição. Trump quer impedir a entrada de indivíduos que não podem ser checados.