RIO ? Mais uma vez, o novo chefe da Casa Branca, Donald Trump, surpreende pelo seu tom nada presidencial. Em seu Twitter, o republicano chamou Chelsea Manning, soldado que vazou informações sigilosas sobre a ação militar do país através do Wikileaks, de uma ?traidora ingrata?. Ela havia sido condenada anteriormente a 35 anos de prisão, mas teve sua pena comutada pelo ex-presidente Barack Obama em seus últimos dias de governo. E, nesta quinta-feira, publicou um artigo no jornal inglês ?Guardian?, questionando o legado do democrata.
?A TRAIDORA ingrata Chelsea Manning, que nunca deveria ter sido libertada da prisão, agora está chamado o presidente Obama de um líder fraco. Terrível!?, escreveu Trump.
No artigo, a ex-soldado e analista de sistemas transsexual disse que o legado deixado por Obama é muito vulnerável. E reforçou que os EUA precisam de uma liderança progressista mais forte para guiar o país. Ela deverá ser efetivamente libertada no próximo mês de maio.
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?Barack Obama deixou para trás vestígios de um legado progressista. Infelizmente, apesar da sua fé no nosso sistema e do seu histórico positivo em muitas questões nos últimos oito anos, houve poucas conquistas permanentes. Este legado vulnerável deveria nos lembrar que o que nós realmente precisamos é um progressista forte e orgulhoso para nos guiar?, escreveu Manning.
Os vazamentos de mais de 700 mil documentos sigilosos pela ex-soldado forneceram uma visão sem precedentes sobre a conduta das forças armadas americanas em Iraque e Afeganistão. No início desta semana, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse que Obama apenas concedeu clemência a Manning para dificultar a sua vida ? já que, anteriormente, ele havia se mostrado disposto a ser extraditado aos Estados Unidos se Chelsea fosse libertada.
