WASHINGTON ? O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o jovem estudante de origem somali que atacou a Universidade do Estado de Ohio (OSU) ? morto após ferir dez pessoas a facadas e atropelamentos na segunda-feira ? não deveria ter entrado nos EUA. Abdul Razak Ali Artan tinha 20 anos e sua família passou por todas as triagens de segurança requeridas.
“O Estado Islâmico está reivindicando crédito pelo ataque de um refugiado somali que não deveria estar em nosso país”, reclamou o presidente eleito pelo Twitter, sua principal ferramenta de comunicação.
O grupo terrorista chegou a dizer que o jovem era membro do grupo, mas o FBI e investigadores locais afirmam que ele se autorradicalizou. Meses antes, Abdul disse a um jornal local estar preocupado com o tratamento do país a muçulmanos. trump
Abdul e a família saíram da Somália como refugiados, indo para o Paquistão em 2007. Ele vivia com os parentes desde 2014 no país. Segundo as autoridades, eles passaram por um longo processo de verificação de antecedentes, com várias entrevistas e checagens pelo FBI e agências de inteligência, buscando garantir que eles não representassem uma ameaça.
Abdul jogou um carro contra pedestres e depois saiu do veículo para esfaquear outras vítimas na segunda-feira. Um policial terminou rapidamente com a ação ao matá-lo a tiros.
? Neste momento não temos conhecimento de mais ninguém envolvido no planejamento desse ataque, mas a investigação continua ? afirmou à imprensa Angela Byers, agente especial do FBI, citando um pregador da al-Qaeda como possível influenciador. ? Parece que Artan pode pelo menos ter sido inspirado por Anwar Awlaki e pelo Estado Islâmico, e nós vamos continuar a examinar isso como parte da investigação.
Durante a campanha eleitoral, Trump chegou a pedir a suspensão imediata da imigração e da entrada de muçulmanos nos EUA, uma medida duramente criticada até por aliados.