MOSSUL ? As tropas do governo iraquiano que trabalham em uma ofensiva para expulsar o Estado Islâmico (EI) da cidade de Mossul recapturaram nesta terça-feira o principal edifício do governo, a sede do Banco Central e um museu. Esta é uma simbólica vitória na batalha contra os extremistas no seu último grande bastião no Iraque. Mais de 45 mil pessoas fugiram desde o início do avanço das forças de segurança do governo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Os prédios do governo haviam sido profundamente danificados e não estavam sendo usados pelo Estado Islâmico. No museu retomado, os jihadistas destruíram estátuas e artefatos há três anos. Em 2014, quando tomaram o controle de Mossul, os membros do EI saquearam o Banco Central e filmaram a si mesmos destruindo as peças do museu.
A unidade de elite Reação Rápida avançou sobre o prédio do governo e o complexo governamental de Nínive em uma operação de segunda para terça-feira, disse o porta-voz da unidade, tenente-coronel Abdel Amir al-Mohammadawi. A equipe também tomou um edifício que abrigava o principal tribunal do Estado Islâmico, conhecido por aplicar penas severas ? como apedrejamentos, atirar pessoas do teto de prédios e cortar suas mãos.
O avanço abre caminho para as forças iraquianas auxiliadas pelos Estados Unidos atacarem os extremistas na cidade velha de Mossul. Esta deverá ser a fase mais complicada da campanha de quase cinco meses, porque a região é densamente populada e tem vielas estreitas, onde os combatentes estão entrincheirados entre os civis.
As forças iraquianas lançaram em 19 de fevereiro a operação no setor ocidental de Mossul a fim de retomar totalmente do EI seu maior reduto no Iraque, dentro da vasta ofensiva iniciada em 17 de outubro. Das 45 mil pessoas que já fugiram, muitas vão aos campos de acolhimento pelos arredores da cidade.