PAWHUSKA- Uma tribo nativa americana de Oklahoma votou a favor de permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com a medida, ela se une a um seleto grupo de tribos que mudaram sua lei à luz da decisão de 2015 da Corte Suprema dos Estados Unidos, que tornou a prática legal em todos os estados. gay
A decisão que ficou conhecida como caso “Obergefell v Hodges” repercutiu nas 567 nações indígenas reconhecidas federalmente. Mas, como entidades soberanas, elas não estão necessariamente vinculadas pela decisão da Suprema Corte. Dessa forma, as comunidades têm de decidir internamente sobre a questão.
Na última segunda, foi a vez da tribo conhecida como “Osage Nation” decidir sobre a união de casais do mesmo sexo. Segundo resultados preliminares, 52% aprovaram o referendo que altera a definição de casamento no código legal da tribo para incluir casais do mesmo sexo.
Com a decisão, o organismo judicial da tribo poderá emitir licenças para uniões de casais gays. A medida abrange os cerca de 20 mil cidadãos da Osage Nation, que é uma das maiores tribos dos EUA.
“Eu sei que para muitas pessoas essa era uma questão controversa, mas, para mim, não foi”, afirmou Alice Buffalohead, autora da medida e uma das legisladoras da Osage Nation.
Entre os membros da comunidade que se posicionaram contra a medida, o argumento foi que permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo poderia minar a herança cultura da tribo.
A partir da decisão, a tribo Osage se une a outros grupos conhecidos como os Cherokee, os Cheyenne e os Arapaho.
“Tenho muitos familiares e amigos que se identificam como LGBTs e há ainda aqueles que têm medo de assumir”, afirmou Henry Gray, ativista Osage, que comemorou a decisão.