BRASÍLIA – O presidente interino Michel Temer recebe nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, Pedro Parente para convidá-lo para presidir a Petrobras.
Parente foi chefe da Casa Civil no governo Fernando Henrique Cardoso. Ele vinha sendo sondado há dias pela equipe de Temer e conversou por telefone com o presidente horas antes de embarcar para Nova York na segunda-feira. De volta ao Brasil, acertou a conversa nesta quinta-feira para decidir se assumirá a estatal no lugar de Aldemir Bendine.
Engenheiro formado pela Universidade de Brasília (UnB), Pedro Parente foi três vezes ministro no governo Fernando Henrique Cardoso. Comandou o Planejamento, Minas e Energia e a Casa Civil. Tem experiência com grandes crises. Coordenou o comitê responsável por administrar a crise de energia elétrica e organizar as regras do racionamento de 2001.
Depois que saiu do governo, Pedro Parente foi vice-presidente executivo do grupo RBS, onde coordenou sua reestruturação financeira. Também foi presidente da Bunge.
No racionamento de 2001, lembra um executivo do setor elétrico, Parente baseou o programa nas térmicas a gás natural da Petrobras, deixando de lado a Eletrobras. Na ocasião, a estatal do setor elétrico passava por dificuldades por estar proibida pelo governo de investir em novos projetos de expansão do sistema, pois suas subsidiárias (Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul) estavam sendo preparadas para serem privatizadas.
Justamente por essa experiência na condução do racionamento de energia em 2001 e pelos anos que passou no setor privado desde que deixou o governo, Pedro Parente é visto como um nome que pode recuperar a empresa