Maripá Um evento técnico é uma das atrações de mais uma edição da Festa das Orquídeas e do Peixe em Maripá, que será realizada de hoje a domingo. O Instituto Emater, a Associação dos Aquicultores de Maripá, Prefeitura e a cooperativa C. Vale promovem nesta sexta-feira o 15° Seminário Regional de Piscicultura. O evento terá cerca de 500 participantes, entre eles criadores, técnicos, pesquisadores, estudantes e representantes de indústrias de insumos, de máquinas e de processamento de pescados dos Estados do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
De acordo com o extensionista do Emater, Cesar Ziliotto, o encontro tem como objetivo debater o uso de alternativas tecnológicas capazes de contribuir com o desenvolvimento da piscicultura, atividade importante para a geração de renda e emprego na agricultura familiar. Para isso, convidamos profissionais de renome internacional para falar com os participantes sobre avanços em nutrição e manejo alimentar de tilápias cultivadas em sistema intensivo, diz Cesar.
Maripá é o maior produtor de tilápias do Estado. O município é responsável por 10% da produção paranaense desse pescado que chega a 66,6 mil toneladas anuais. Na cidade, 95 famílias desenvolvem esse negócio em escala comercial. Para o técnico do Emater, existem vários fatores que levam os criadores locais a se destacarem nacionalmente com esta atividade. Temos um agricultor bastante empreendedor e mais capitalizado, facilidade de acesso ao crédito, clima quente e disponibilidade de água de qualidade e em quantidade.
Previsão de crescer 22%
Apesar da crise que afeta toda a economia brasileira, o Instituto Emater cita que neste ano a piscicultura deve crescer cerca de 22% na região. Além do incremento da demanda por peixes, especialmente do filé de tilápias, ele relaciona a rentabilidade do negócio como um dos motivos para isso. A renda bruta da atividade depende muito do sistema adotado pelo produtor. Aqui, praticamente todos os criadores adotam o sistema intensivo, com produção média de 53 toneladas de tilápias por hectare em um ano. A renda bruta chega a R$ 200 mil por hectare e a líquida entre R$ 35 mil e R$ 45 mil por hectare ao ano.