RIO ? A cantora M.I.A., britânica de origem tâmil (etnia do Sri Lanka), foi ao Twitter acusar a MTV de diversos “ismos” depois que seu clipe “Borders” (“Fronteiras”), lançado em novembro, não recebeu nenhuma indicação ao VMA (veja a lista completa aqui). Com uma letra altamente politizada, em que critica políticos, fronteiras e violência policial, a própria M.I.A. dirigiu o vídeo, que denuncia a crise dos refugiados.
“MIA – BORDERS não está incluído no VMA. hahahahaha! Racismo, sexismo, classismo, elitismo. #Nãoqueroseucaminho”
A cantora ainda denunciou que artistas de fora dos Estados Unidos não teriam o mesmo espaço que músicos locais, afirmando que a queixa não era motivada por ego. Em outro tuíte, ela fala sobre vozes que não têm lugar na mídia:
“BORDERS veio representar pessoas de fora dos EUA, mostrando o mundo. Este é um exemplo perfeito de vozes “permitidas” versus vozes excluídas. Mesmo se você dirigir”, disse ela:
A cantora recentemente se envolveu em polêmicas com outros artistas defensores do movimento Black Lives Matter (que critica a violência policial direcionada a negros), por acreditar que outras minorias não têm a visibilidade necessária. Em uma entrevista à revista “Evening Standard”, ela deixou várias perguntas no ar:
? A Beyoncé ou Kendrick Lamar vão dizer que as vidas dos muçulmanos importam? Ou que as vidas dos sírios importam? Ou que uma criança no Paquistão importa?
Veja o clipe de “Borders”: