Cotidiano

Sem consumo de energia

 

Reportagem: Marina Kessler

Foto: Aílton Santos

Em setembro do ano passado, 2.089 famílias receberam as chaves da casa própria dos imóveis do Conjunto Habitacional Riviera, localizado na região norte de Cascavel. Desde então, um dos apartamentos localizados na Rua Antonio Pexe permanece vazio e sem registro de consumo de energia. A situação foi denunciada por moradores ao Hoje News em fevereiro, que formalizou denúncia na Ouvidoria da Prefeitura de Cascavel.

De acordo com a coordenadora municipal do programa Minha Casa Minha Vida, Ivanete Cassol, uma equipe de fiscalização da prefeitura foi até o local para averiguar o imóvel, que estava fechado. O proprietário não foi encontrado no momento da vistoria.

Ivanete conta que um dos vizinhos que mora no mesmo bloco do denunciado confirmou a presença de moradores no referido apartamento. “No entanto, não tem consumo de energia, o que é bem estranho”, relata a coordenadora, que reforça: “quem fornecer informações falsas em benefício de outro também pode ser penalizado, assim como a pessoa que recebeu o imóvel e ainda não o ocupou”.

Enquanto isso, a versão contada por outros moradores é de que desde a entrega das residências nenhuma mudança foi descarregada naquele local. “Geralmente, a pessoa só vem aqui no sábado, fica um pouquinho, e vai embora. Pelo o que a gente percebe não há morador nenhum”, afirmam.

Legenda: Imóvel está vazio desde setembro, quando foram entregues às chaves aos beneficiários

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Esclarecimentos

Depois da vistoria, o beneficiário do imóvel compareceu à Cohavel (Companhia de Habitação de Cascavel) para prestar esclarecimentos. Sobre o consumo de energia nulo, comentou que por trabalhar o dia todo e estudar à noite, não houve o registro. Ivanete, no entanto, levantou algumas questões que colocaram em dúvida a versão do morador. “Por conta disso, vamos continuar com o monitoramento daquele imóvel”, garante.

Vale lembrar que 120 famílias ainda aguardam por um imóvel em conjuntos habitacionais do município. “O que não podemos aceitar é que tenham unidades vazias enquanto outras pessoas esperam”, pontua Ivanete.