Cotidiano

Secretário-geral de Relações Exteriores defende mais competitividade

RIO – O secretário-geral das Relações Exteriores, Marcos Galvão, destacou nesta quarta-feira o ambiente difícil da economia internacional no momento e defendeu que o Brasil precisa ser mais competitivo para conseguir ampliar sua participação no mercado mundial. Ele lembrou que, como o crescimento do comércio mundial segue no mesmo ritmo da expansão da economia, é preciso vencer a concorrência e ocupar espaços que hoje são de outros países.

A valorização do real, segundo Galvão, já mostra seu impacto nas exportações brasileiras, mas isso não é suficiente:

? A valorização cambial ajuda as exportações. Sabemos que é um vento, mas só isso não basta. (…) Temos que conquistar market share (participação de mercado), chegar na frente e tudo isso depende de nossa capacidade de ser mais competitivo ? disse Galvão, ao participar de sessão especial no Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio.

Para alcançar este objetivo, apontou secretário-geral das Relações Exteriores, é preciso vencer barreiras ao comércio, como fitossanitárias, além de barreiras técnicas e regulatórias. Caso necessário, o governo está disposto a recorrer ao órgão de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), como agora no caso da carne de frango e carne bovina na Indonésia.

Em junho, o Brasil apresentou questionamentos junto à OMC em relação a dezenas de regulamentos da Indonésia que inviabilizam as exportações de carne brasileira.

IMPORTÂNCIA DO MERCOSUL PARA INDÚSTRIA

Galvão afirmou que é preciso relançar o Mercosul e destacou a importância do bloco para a indústria brasileira. Do total de exportações brasileiras ao Mercosul, 87% são produtos manufaturados. Nas exportações totais, a participação dos produtos manufaturados é bem menor, de apenas 38,35% no resultado acumulado até agosto de 2016.

? O Mercosul é muito importante para nossa indústria, este não é o perfil das nossas exportações.

Ele fez referência à declaração conjunta divulgada por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, na prática, afasta a Venezuela de qualquer tipo de interferência no Mercosul.

? Começamos a equacionar a situação do Mercosul.