PARIS – Um empresário franco-libanês afirmou que entregou mais de ? 5 milhões em dinheiro vindo da Líbia para o ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante a sua campanha presidencial de 2007, sobre a qual pesam suspeitas de financiamento oculto. A dias da primária (20) de seu partido, Os Republicanos, ele negou as alegações.
Em uma entrevista transmitida pelo site de informações Mediapart, Ziad Takieddine afirma ter “transportado (…) um total de 5 milhões de euros” em malas em três viagens entre novembro de 2006 e início de 2007.
Estas malas, que, segundo ele, continham entre 1,5 milhão e dois milhões em maços de notas de 200 e 500 euros, foram depositadas primeiramente diretamente no escritório de Claude Guéant, o ex-braço direito de Nicolas Sarkozy, então ministro do Interior.
Na terceira viagem, ele afirma ter entregue a mala em um apartamento onde Nicolas Sarkozy estava hospedado.
As malas de dinheiro foram entregues a ele em Tripoli pelo chefe do serviço secreto líbio sob o regime de Muamar Kadafi.
O ex-chefe de Estado francês (2007-2012), candidato a um novo mandato presidencial em 2017, sempre negou veementemente as acusações. Após três anos de investigações, os juízes franceses recolheram vários testemunhos de ex-altos funcionários do regime líbio, mas nenhuma evidência confirmou estas alegações.
?Mais uma vez, e sempre antes de uma eleição, o Mediapart está tentando prejudicar Nicolas Sarkozy com alegações tão falsas hoje quanto eram antes?, disse o advogado do ex-presidente, Thierry Herzog, à Reuters.