WASHINGTON – As receitas e o lucro no segundo trimestre fiscal da Microsoft superaram as projeções de analistas, impulsionados pelo crescimento de assinantes nos serviços de armazenamento em nuvem da companhia, o Azure e o Office. O lucro registado, excluindo certos itens, foi de US$ 0,84 por ação sobre vendas ajustadas de US$ 25,8 bilhões, informou a empresa nesta quinta-feira em comunicado. Analistas estimavam uma média de lucro de US$ 0,79 sobre uma receita de US$ 25,3 bilhões no período encerrado em 31 de dezembro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
O diretor-executivo da Microsoft, Satya Nadella, está reformulando a companhia como uma vendedora de serviços corporativos de internet para execução de aplicativos, armazenamento de dados e aumento de produtividade no trabalho. Sob marcas como Azure e Office 365, essas ofertas de nuvem ajudaram a reanimar as vendas diante da contração do mercado de computadores.
Perto do fim do trimestre, a companhia completou sua maior aquisição: o LinkedIn por US$ 26,2 bilhões, cujos dados e as ferramentas de rede de profissionais aumentarão a produtividades dos próprios produtos da Microsoft.
? Enquanto a nuvem crescer, as pessoas estão felizes ? afirmou Mark Moerdler, analista da Sanford C. Bernstein & Co. ? Se as margens crescerem, as pessoas ficarão ainda mais felizes.
O anúncio dos resultados financeiros fez as ações da Microsoft ganharem 1,2% nas negociações após o fechamento do mercado, ao nível recorde de US$ 64,27 na Bolsa de Nova York. Durante o segundo trimestre fiscal, os papeís da empresa valorizaram 7,9%.
A receita do Azure quase duplicou no período, e as versões corporativas do Office 365 viram as vendas subirem 47%. Quase 25 milhões de consumidores agora usam o Office 365, disse a companhia.
A Microsoft tem investido em centros de dados e no acréscimo de produtos para conquistar novos clientes aos serviços de nuvem. A diretora financeira da empresa, Amy Hood, afirmou em julho que as margens brutas ? uma medida de rentabilidade ? para o negócio de nuvens ?melhoraria materialmente? no ano corrente.
A companhia prometeu alcançar a receita anualizada de US$ 20 bilhões no negócio corporativo de nuvem até o ano fiscal que se encerra em junho de 2018. A métrica registrada no fim do segundo trimestre foi de US$ 14 bilhões. A companhia tem ampliado a clientela para o Azure, que os deixa gerenciar e armazenar aplicações nas bases de dado da Microsoft, bem como para os programas do Office como Word e Excel.
As entregas de computadores recuou 1,5% no período de referência, um ritmo mais devagar que no semestre anterior.