BEIRUTE Rebeldes sírios lançaram um grande ataque a partes do sudoeste de Aleppo controladas pelo governo. Com a ofensiva, os combatentes tentam reabrir as linhas de suprimento, depois que o Exército e seus aliados intensificaram o cerco a áreas da cidade dominadas pela oposição na semana passada.
Os rebeldes estão tentando romper a faixa de território dominada pelo governo na esperança de religar seu setor cercado no leste de Aleppo a uma série de territórios nas mãos dos insurgentes no oeste da Síria.
Um centro de comando militar rebelde que inclui o grupo islâmico recém-formado Jabhat Fatah al Sham, anteriormente a Frente al-Nusra, ligada à al-Qaeda, e o Ahrar al-Sham disseram ter tomado posições do Exército logo nas primeiras horas do ataque, que teve início na noite de domingo.
O Exército confirmou à mídia estatal que os rebeldes iniciaram uma ofensiva, mas disse que combatentes posicionados em uma base de artilharia da Força Aérea os repeliram. Enquanto isso, um helicóptero russo foi abatido na província de Idlib. As cinco pessoas que estavam a bordo morreram.
Cerca de 250 mil civis ainda vivem nos bairros do leste de Aleppo controlados pelos opositores, na prática sitiados desde que o Exército, auxiliado por milícias apoiadas pelo Irã, interditou a principal estrada de acesso a bairros dos insurgentes no início de julho.
A área foi submetida a uma campanha de bombardeio aérea brutal das forças de Bashar al-Assad e de seus aliados russos, que destruiu vários dos últimos hospitais da região. A situação alarmou a comunidade internacional.
Na semana passada, o Exército fez avanços significativos no extremo norte da cidade, nos arredores da estrada de Castello, que leva ao norte rumo à Turquia.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que tem sede em Londres, disse que o ataque foi o maior dos rebeldes em vários meses.